| Foto: Jonathan CamposGazeta do Povo

O primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio teve o menor índice de abstenção da história da prova: 24,9%. Dos 5.513.749 inscritos, foi constatada a presença de 4.139.319 candidatos, o equivalente a 75,1%. No ano passado, a abstenção foi de 29,9%. Ao comentar os dados, o ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou que o número pode ser melhorado na próxima semana, uma vez que a falta no primeiro dia de prova não impede que o candidato realize a segunda etapa da prova. 

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Rossieli atribuiu a baixa abstenção à mudança das regras para inscrição. Neste ano, pela primeira vez, o pedido de isenção de pagamento da taxa ocorreu num outro momento que a inscrição.

Além disso, foi exigida a apresentação de justificativa para aqueles que receberam gratuidade no ano anterior e não compareceram à prova. "A baixa abstenção é resultado de um conjunto de fatores. Temos mais eficiência. A pessoa já sabia que se não comparecesse com justificativa perderia o direito de gratuidade", disse o ministro.

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Neste domingo (4), os candidatos fizeram a prova de redação, ciências humanas e suas tecnologias, linguagens, códigos e suas tecnologias. Foram 5 horas e 30 minutos para responder às questões. No próximo domingo, dia 11, a prova será de ciências da natureza e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias. Gabaritos e cadernos de questões serão divulgados no dia 14 de novembro e resultados, no dia 18 de janeiro.

"A vedete do dia foi a prova", afirmou a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Ines Fini. De acordo com ela, foram poucos os episódios de candidatos que chegaram atrasados. Foram registradas 71 eliminações, 67 delas provocadas por candidatos que se ausentaram da sala antes do horário permitido, usar impressos e não atender orientações dos fiscais. Dois candidatos foram desclassificados por uso de ponto eletrônico e outros dois durante a revista no detector de metal.

Os casos de ponto eletrônico foram registrados na cidade mineira de Montes Claros. Os candidatos foram levados à delegacia e foram autuados em flagrante. De acordo com a Polícia Federal, os casos já vinham sendo monitorados pela inteligência. "Cabe à Polícia Federal comandar as atividades, verificar se há outras pessoas envolvidas. Vamos dar todo suporte necessário", disse o ministro.

Rossieli, no entanto, destacou para a tranquilidade da prova. "Os números de ocorrência foram muito pequenos, sobretudo quando se leva em consideração a dimensão do exame", afirmou o ministro da Educação. Cerca de 1.300 candidatos não fizeram provas nas cidades de Porto Nacional e Franca, em virtude da falta de luz. De acordo com Rossieli, eles deverão fazer a prova normalmente semana que vem e, em dezembro, farão o exame programado para hoje.

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Maria Inês disse acreditar que a divulgação de notícias falsas não atrapalhou a condução das provas. "Foi feito o monitoramento de risco, contratamos uma empresa", disse.

O fato mais grave, em sua avaliação, foi o anúncio feito há três dias de uma greve de caminhoneiros, o que poderia levar ao cancelamento da prova. "Acredito que ninguém foi prejudicado por fake news. Mas qualquer cidadão pode requerer caso tenha se sentido prejudicado, mas não vi nenhum caso", completou.