O professor da escola Avenues que constrangeu um estudante de 17 anos após o aluno ter questionado argumentos da índia Sonia Guajajara, ativista e pré-candidata a deputada federal pelo PSOL, que palestrava para os alunos a convite do docente, não possui diploma de especialização pela Universidade Harvard, conforme ele próprio alegou nas falas agressivas direcionadas ao aluno.
Apesar de inserir em seu currículo na plataforma Lattes que possui especialização em “Estudos afro-latino-americanos” e de ter reivindicado o título para constranger o aluno, o docente fez apenas um curso online pelo Instituto de Pesquisa Afro-Latino-Americana (Alari), da Universidade Harvard. De acordo com informação da própria instituição o curso, que tem custo de 250 dólares, “não é creditado e não leva o diploma da Universidade Harvard”.
Segundo o site do instituto, o curso em questão, que é destinado a “ativistas, acadêmicos, intelectuais, e formuladores de políticas”, é viabilizado com o “generoso apoio da Open Society Foundation”, entidade pertencente ao bilionário George Soros.
Soros já repassou bilhões de dólares em doações para ONGs dedicadas ao ativismo de esquerda progressista e a campanhas de políticos norte-americanos da mesma matiz ideológica. No Brasil, conforme mostrou reportagem da Gazeta do Povo, entre os anos de 2016 e 2019 ele destinou o equivalente a cerca de R$ 117 milhões para mais de cem entidades; várias delas dedicadas ao ativismo político.
Professor disse que aluno deveria respeitá-lo porque era “especialista por Harvard”
Conforme veiculado pela Gazeta do Povo, após falas da ativista do PSOL com criticas diversas ao agronegócio e a opositores políticos em palestra a cerca de 200 alunos adolescentes em uma escola de alto padrão em São Paulo, um dos estudantes fez um contraponto às alegações de Guajajaras. Antes que ela própria respondesse aos questionamentos, o professor da escola, que é doutor em Antropologia Social, decidiu intervir. Sem contrapor os argumentos, o docente optou por apenas constranger o estudante e exaltar seus alegados títulos acadêmicos.
“Deixa eu te dizer uma coisa, meu querido. Quando você entender o que é ser uma pessoa deste tamanho, você vai se lembrar deste dia com muita vergonha. (...) Então a minha recomendação é: me respeite, porque sou um doutor em Antropologia. Não tenho opinião, sou especialista por Harvard. No dia em que você quiser discutir com a gente, traga seu diploma e a sua opinião fundamentada em ciência, aí você discute com um especialista em Harvard”.
Outro lado
A reportagem tentou contato com o professor por meio da escola Avenues, mas até o momento não obteve retorno.