Uma professora norte-americana respondeu a uma carta do presidente Donald Trump corrigindo diversos erros gramaticais. Yvonne Mason analisou e fez anotações em um documento enviado a ela pelo presidente sobre violência armada e segurança nas escolas.
“Vocês já tentaram usar corretor gramatical?”, escreveu a professora aposentada, que postou no Facebook uma foto da carta corrigida, dizendo que devolveria a correspondência no dia seguinte.
Repercussão
Yvonne fez ainda anotações como “Meu Deus, isso está errado!” e escreveu o endereço do site Plain Language, que oferece curso de comunicação escrita.
“Foi uma missiva mal redigida”, disse ela ao New York Times. “Escrita pobre não é algo que respeito. Se alguém é capaz de fazer melhor, então deve fazer melhor”, completou.
A correção, porém, gerou controvérsia na rede social, com críticas de que a educadora teria causado uma exposição excessiva.
“Espero que você seja demitida por trazer seu ponto de vista político condescendente para a sala de aula. Você é a razão pela qual os pais escolhem a escola em casa para seus filhos”, diz um comentário.
“Quando seu trabalho é escrever, editar ou ensinar gramática da língua inglesa, seus olhos são treinados para descobrir os erros. Sou Relator da Comissão há 32 anos; produzindo atas para as reuniões da comissão do condado. Eu teria feito o que a Sra. Mason fez? Não, mas certamente teria notado os erros gritantes que, em minha opinião, não deveriam aparecer em um documento/carta do governo”, diz outro comentário.
O documento enviado por Trump foi uma resposta a outra carta enviada por Yvonne pedindo que o presidente visitasse as famílias das 17 crianças mortas no massacre de Parkland, na Flórida. “Escrevi para eles com raiva, para dizer a verdade”, disse a professora. “Pensei que ele devia isso às famílias de luto”, concluiu.
Got a letter from Mr. Trump. Will be returning it tomorrow.
Publicado por Yvonne Mason em Segunda, 14 de maio de 2018