Professores da Educação Básica continuam a ganhar menos do que profissionais de outras categorias que têm nível superior. É o que afirma a instituição Todos pela Educação em seu último Anuário Brasileiro da Educação, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
Quando comparado ao rendimento médio de outras profissões, o salário dos professores é menor. E, embora o cenário se repita desde 2012, a remuneração dos docentes cresceu 6,4% nesses últimos anos.
Atualmente, revela o Anuário, a proporção da média salarial de um profissional da educação básica em relação à média de outras categorias do mercado de trabalho é de 69,8%.
Ainda de acordo com o relatório, enquanto professores da Educação Básica da rede pública são remunerados com cerca de R$ 3,8 mil, profissionais da área de Saúde ganham mais de R$ 7,7 mil.
Quando a comparação é feita com profissionais da área de Exatas (Engenheiros da Computação, Estatísticos, Físicos, Químicos), a defasagem é um pouco menor - o rendimento médio dessas categorias é de R$ 7,5 mil.
Entre os motivos que levam à desigualdade, além de outras coisas, está a inexistência de programa de carreira para os professores, afirma o Todos pela Educação. "Cerca de 10% dos municípios, por exemplo, ainda não têm plano de carreira para seus professores", conclui.