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Paralisação

Professores das federais no PR realizam assembleias para discutir a greve

Os professores das universidades federais do Paraná realizam assembleias nesta quarta (5) e quinta (6) para debater sobre a greve. Neste domingo (2), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes), que representa a maior parte dos professores federais, defendeu a continuidade da greve, mas reconheceu a possibilidade de uma saída unificada da paralisação. A categoria já está há 110 dias sem trabalhar, na mais longa greve da sua história.

Na Universidade Federal do Paraná (UFPR) a assembleia ocorre nesta quarta-feira (5), às 14 horas, no Auditório da Administração do Centro Politécnico, em Curitiba. A pauta prevê a discussão e deliberação sobre a continuidade da greve, o debate sobre a possibilidade de suspensão unificada da paralisação nacional e a definição de estratégias para conseguir aprovar o projeto de lei 4368/2012 no Congresso Nacional, que inclui uma proposta de reformulação da carreira da categoria. No mesmo dia e horário, os professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) farão a sua assembleia no Unila Centro, em Foz do Iguaçu, mas entre os assuntos a serem discutidos não está pautada a possibilidade de retomada das atividades.

A assembleia dos professores da Universidade Tecnológica do Paraná terá lugar na quinta-feira (6), às 14 horas, no Câmpus Curitiba. No edital da assembleia está incluída a discussão sobre a manutenção da greve e da pauta local de reivindicações dos professores.

Histórico da greve

A greve nacional dos professores de instituições federais de ensino começou em 17 de maio. A categoria rejeitou em 1º de agosto a proposta do governo de reajuste salarial de 25% a 40%, em três parcelas, até 2015. De acordo com os sindicatos, o aumento não garante que a reposição das perdas salariais com a inflação nos próximos três anos. Além disso, como não existe data-base para os servidores federais, caso a inflação do período seja maior, o sindicato teme não poder negociar até 2016. Os professores também querem que o governo reformule o plano de carreira – tornando mais fácil a progressão – e garanta melhores condições de trabalho.

A presidente do Andes-SN, Marinalva de Oliveira, protocolou, nos dias 23 e 24 de agosto, na Presidência da República e nos Ministérios do Planejamento e da Educação, uma contraproposta dos professores. O governo, no entanto, reafirmou ter encerrado as negociações com a categoria em 27 de agosto. O sindicato tenta agora parceria com senadores e deputados para a aprovação do projeto de lei 4368/2012, que faz alterações no plano de carreira dos docentes, e para convencer o governo a voltar a conversar com os docentes.

Até agora, professores de oito universidades que participaram da greve resolveram retornar às atividades: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA) e Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC).

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