Um grupo de professores da rede estadual de ensino vai passar a noite no prédio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), na Vila Izabel, em Curitiba. Cerca de 300 docentes da capital e do interior do Paraná, estão no local desde a manhã desta quarta-feira. A categoria reivindica a suspensão da demissão de 14 mil professores para serem substituídos no ano que vem. Os manifestantes afirmam que só deixam o local em troca de uma reunião com o secretário da pasta, Maurício Requião. Um caminhão com colchões, cobertores e alimentos está sendo descarregado.
O presidente da APP-Sindicato, que representa a categoria, professor José Lemos, afirma que as demissões não são necessárias. "Dia 31 de janeiro é data de distribuição de aulas. Se não sobrar para algum professor seletista, normalmente é demitido, mas sabemos que vai sobrar. O governo quer demitir todos, não pagar 13º nem férias e abrir contratação para os mesmos professores em fevereiro", relata Lemos. De acordo com o professor, este seria um processo de seleção simplificado, no qual o docente comprova experiência e graduação.
Lemos diz ainda que o contrato é em regime especial, diferente do aplicado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "È sem carteira assinada e sem o recolhimento de 8,5% do fundo de garantia. Além disso, o salário é de nível 1 e não de nível 2, pago aos que têm pós-graduação, que é a maioria. É pura economia e não aceitamos economizar em cima de uma categoria que já é muito explorada e recebe os menores salários do estado", declara.
A Secretaria afirma que não haverá reunião porque não está agendada. Ninguém da Seed se pronunciou nesta quarta. Segundo a assessoria de imprensa da Seed, estão todos, inclusive o secretário, em um compromisso no município de Faxinal do Céu, no interior do estado.
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