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O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o Ministério da Educação (MEC) não suspendeu as negociações com os professores e técnicos em greve há cerca de três meses. A afirmação rebate as críticas que estão sendo feitas nesse sentido por líderes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Federais Brasileiras (Fasubra).

"Está tramitando no Congresso o projeto de lei (para a educação superior) com a garantia de aporte de recursos que é o dobro do ano passado", disse o ministro, ao final da solenidade de entrega do prêmio Professores do Brasil.

A categoria afirma, no entanto, que esta é uma manobra para impedir a continuidade das negociações. O Andes e a Fasubra, junto com o Sindicato dos Servidores da Educação Básica e Profissional (Sinasefe), realizam durante todo o dia uma manifestação de professores universitários e estudantes em frente ao MEC. Eles levaram faixas e até um caixão com os dizeres "Não ao mensalão, queremos mais verbas para a educação".

As entidades pleiteiam a retomada das negociações com o ministério, interrompidas, segundo os organizadores da manifestação, sem o atendimento da pauta de negociação. Entre as reivindicações comuns ao Andes e à Fasubra estão o reajuste de 18% para reposição da inflação do governo Lula e a realização de concursos públicos para repor os professores e técnicos nas instituições. O governo oferece reajuste de 9%. Os manifestantes também querem a constituição de um grupo de trabalho para avaliar a criação de uma carreira para o magistério superior federal.

Na avaliação do coordenador da Fasubra, Luiz Antonio de Araújo Silva, a entidade está engajada na paralisação nacional e na manifestação em frente ao MEC "por causa da intransigência do ministro da Educação". Segundo ele, há uma extensa pauta de reivindicações, que engloba temas como os hospitais universitários e verbas para concurso público, que não está sendo cumprida. "O governo não atende e nega, inclusive, o que foi projetado no orçamento deste ano", diz.

Segundo os sindicatos, a paralisação atinge mais de 70% dos servidores das escolas técnicas e do Colégio Pedro II em todo o Brasil, percentual que corresponde a cerca de 58 mil servidores (23 mil professores ativos na rede federal de ensino e 35 mil técnico-administrativos).

A assessoria de imprensa do MEC informou que a secretaria-executiva está empenhada em agendar uma reunião ainda para esta quarta-feira com a coordenação da manifestação.

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