O Brasil vai fornecer consultoria técnica e qualificar professores para a instalação da primeira universidade pública de Cabo Verde. O ministro da Educação, Fernando Haddad, e a ministra da Educação e Valorização de Recursos Humanos daquele país, Filomena Martins, reuniram-se nesta segunda-feira (22) para acertar os detalhes para a viabilização da universidade. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Jorge Guimarães, também participou do encontro.

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A cooperação brasileira já havia sido acertada durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva àquele país, em julho de 2004. O governo cabo-verdiano pretende formar no Brasil os professores da futura universidade. Segundo Fernando Haddad, o Brasil levará também professores com mestrado e doutorado para ajudar a desenvolver o modelo pedagógico. "É uma satisfação o governo brasileiro poder levar uma universidade a Cabo Verde, ajudar na sua implementação. O Brasil tem uma vocação importante na educação superior, que é reconhecida pelos países de língua portuguesa, entre outros", ressaltou Haddad, após a reunião.

Segundo a ministra Filomena Martins, o modelo da universidade já está definido e será desenvolvido a partir das instituições de ensino superior que já existem naquele país. Ela afirmou que "a criação e a implementação da primeira universidade pública de Cabo Verde é, neste momento, um desafio interno que encontra uma parceria extraordinária do Brasil". Filomena destacou que uma das principais carências de seu país está na área de pós-graduação. Dos cerca de 300 professores do ensino superior de Cabo Verde, 3% são doutores e 21%, mestres.

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O presidente da Capes destacou que os dois países já mantêm parceria para reduzir esse déficit, por meio do Programa Estudante Convênio Pós-Graduação, conhecido como PEC-PG. Segundo Jorge Guimarães, entre 2005 e 2006, a Capes vai oferecer bolsas de pós-graduação a 20 alunos de Cabo Verde e, entre 2006 e 2007, a outros 50 estudantes.