O Programa Universidade para Todos (Prouni) aumentou, neste ano, em quase 50 mil o número de alunos negros nas universidades brasileiras. Isso aumentou em 5% o número de estudantes negros nas instituições de ensino superior. Segundo o Ministério da Educação (MEC), antes da implantação do programa, as instituições públicas e particulares tinham um total de 875 mil estudantes negros num universo de 3,5 milhões de alunos, ou seja, 25% dos alunos eram afrodescendentes.
No momento, 921.695 estudantes negros estão matriculados em cursos superiores. A primeira edição do Prouni ofereceu 46.695 bolsas de estudo para o sistema de cotas, o equivalente a 41,54% das 112.416 vagas disponibilizadas pelo programa.
De acordo com o censo de 2000 do IBGE, mais de 46,5% da população brasileira é formada por negros e pardos. Segundo o diretor de Avaliação da Educação Básica, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Carlos Henrique Araújo, existe um problema de fluxo educacional no Brasil. "De cada 10 alunos que entram no ensino fundamental, seis terminam. Três terminam o ensino médio, e somente 11% desses 10 alunos entram na universidade. Agora, este fenômeno de exclusão educacional atinge de maneira muito mais forte o aluno negro. A peneira é fechada para todos e muito mais fechada e seletiva para os alunos negros", revela o diretor.
O Brasil está entre as nações da América Latina com uma das mais baixas taxas de acesso ao ensino superior. Hoje, só 9% dos jovens de 18 a 24 anos de idade estão na faculdade. No Chile, o índice é de 27%, na Argentina, de 39%, no Canadá, de 62%, e nos Estados Unidos, de 80%.
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