Para obter uma boa nota no Enade, avaliação do Ministério da Educação feita com estudantes que concluíram cursos de graduação, os futuros psicólogos tiveram de dar como certo alguns argumentos do ativismo LGBT, a existência de um suposto "patriarcado estrutural", entre outras questões ideológicas e identitárias. A prova para os egressos dos cursos de Psicologia aconteceu no dia último dia 27 de novembro.
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O exame foi composto por 35 questões objetivas e 5 discursivas. Algumas perguntas não exigiam que o estudante conhecesse autores e abordagens científicas: bastava saber o teor de ideologias da moda para acertar as questões.
Uma das perguntas abordava sobre gênero e transexualidade. Citava um texto afirmando que ser homem ou mulher é uma “construção” e que não é algo instalado em uma genital. O texto dizia ainda que a identidade de gênero em uma concepção binária seria um “reducionismo humano”.
No assunto sobre gestão de pessoas nas organizações, a diversidade de gênero foi novamente apresentada. A questão indagava formas que auxiliam na “promoção da igualdade e não discriminação de colaboradores LGBTQIAPN+”. O feminicídio lesbofóbico ou bifóbico, ou seja, quando a vítima é assassinada devido sua orientação sexual, também foi tema debatido na prova, com dados estatísticos sem fundamentação científica.
Já em uma questão discursiva, o aluno deveria escrever sobre a relação entre o patriarcado estrutural – que seria a “dominação masculina” - e a desigualdade entre homens e mulheres. Em outra questão, sutilmente, havia uma crítica as comunidades terapêuticas religiosas e o método de abstinência para o combate contra o vício das drogas.
“A problemática da inclusão das comunidades terapêuticas na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é que muitas delas trabalham orientadas por princípios morais e religiosos, focados na abstinência, em detrimento das práticas de cuidado baseadas em evidências técnicas e científicas, tais como a redução de danos” - esta afirmação deveria ser marcada como correta, segundo o gabarito.
O Enade é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Aas questões da prova têm origem no Banco Nacional de Itens (BNI), elaborado por educadores e pesquisadores de educação de diferentes universidades.
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