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O presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), Hélgio Trindade, em matéria publicada no site do Ministério da Educação (MEC), disse que a qualidade do Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes (Enade) e a adesão dos alunos são indicadores positivos e representam um avanço sobre o extinto Provão.

Entre as razões desse avanço, Trindade revela que o Enade é mais completo, pois integra na avaliação partes específicas do conhecimento com a formação geral do aluno; examina iniciantes e concluintes; e não se esgota em si mesmo, porque integra um sistema amplo que envolve a avaliação das instituições e dos cursos.

Apesar de algumas tendências em criar hierarquias de seus resultados, estas têm um valor meramente indicativo, uma vez que em 2004 o exame envolveu apenas 13 áreas do conhecimento e pouco mais de dois mil cursos, explica. "Mesmo em 2006, esses resultados representarão uma parte da avaliação que não pode ser considerada sem os outros instrumentos a serem aferidos."

Hélgio Trindade informa que o parecer final da Conaes sobre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) será integrador, por isso considera inadequado hierarquizar as instituições a partir de resultados parciais. Para ele, os relatórios do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) devem ser avaliados com a mesma competência técnica com que foram produzidos.

Comparação Sobre interpretações de que os resultados do Enade foram mais favoráveis às instituições de ensino superior do que o Provão e de que não há diferença entre o desempenho de alunos ingressantes e concluintes, o presidente da Conaes diz que "é preciso lidar com mais cuidado e seriedade com os dados", mas admite que na parte geral da prova não houve grande diferença nos resultados.

Porém, se olharmos separadamente os resultados da prova de conhecimentos específicos, observaremos que o curso qualifica o aluno, uma vez que as diferenças são significativas entre ingressantes e concluintes, explica.

Trindade rejeita a comparação entre Enade e Provão. "Não é legítima, porque são provas diferentes e o grau de complexidade não permite nenhuma comparação consistente, além do mais o Provão não avaliava a formação geral do aluno", conclui.

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