A instalação de banheiros unissex para atender alunos que se identificam como transgêneros em instituições como a PUC-SP e a Universidade Federal do Tocantins gerou controvérsia e deixou a impressão de que a população está dividida quanto ao assunto. Mas um levantamento do Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, mostra o contrário: praticamente oito em cada dez brasileiros é contra a instalação de banheiros unissex para atender as demandas de estudantes transexuais em escolas.
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A pergunta feita pelo instituto foi a seguinte: “Escolas e universidades devem oferecer banheiros Unissex para se adequar a alunos transexuais?”.
Dos entrevistados, 78,5% se disseram contra a instalação dos banheiros, contra 16,7% que são a favor e 4,8% que não opinaram.
Em todos os estratos sociais e regiões do país, a ideia é amplamente rejeitada.
A discordância é maior entre os homens (82,6%) do que entre as mulheres (74,8%).
Na divisão por faixas etárias, o grupo com 60 anos ou mais se mostrou mais favorável à política do que qualquer outro: foram 19,4% de apoio à medida, contra 15,3% na faixa dos 25 aos 34 anos – a que menos demonstrou apoio.
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A rejeição aos banheiros unissex sobe conforme a escolaridade aumenta. Entre os que têm ensino superior, o “não” teve 82%, antes 75,4% dos que têm ensino fundamental e 79,7% dos que fizeram o ensino médio.
O maior apoio à política está na região sul (20%). No Nordeste, o percentual foi de apenas 13,3%. No Sudeste, de 18,6%, e no Norte e no Centro-Oeste, de 14,3%.
O levantamento ouviu 2.365 pessoas em todas as unidades da federação, entre os dias 11 e 16 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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