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Segunda fase

Redação do vestibular da UFPR exige boa gestão do tempo

 | Benett /
(Foto: Benett /)

Cinco textos, poucas linhas para escrever em cada um deles e um leque considerável de possibilidades de gêneros textuais é o cenário que o participante da segunda fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vai encontrar na prova de compreensão e produção textual no domingo, 27 de novembro.

Apesar de o edital não trazer uma definição de quais gêneros serão cobrados e, portanto, existir uma gama grande de possibilidades, três tipos apareceram todos os anos desde que a universidade mudou o formato da prova de redação: o argumentativo, o opinativo e o resumo. A surpresa, de acordo com os professores que acompanham a prova da UFPR todos os anos, fica entre as outras duas questões, que variam em cada edição.

“Podem aparecer análises de tirinhas, charges, fotografias ou gráficos. Em outras edições, comparação entre textos diferentes, como um poema e um trecho em prosa, por exemplo, ou a transposição de um discurso direto para o indireto. Em alguns outros casos a UFPR também cobra relatos, notícias e crônicas”, diz Sérgio Degrande Júnior, professor de produção e interpretação de texto do Colégio Dom Bosco.

O professor do Curso Formação Solidária, André Vieira, lembra que tão importante quanto entender as características de cada gênero é interpretar os enunciados. “A UFPR cobra textos curtos e, dentro desse espaço reduzido, o participante tem que cumprir todos os comandos que o enunciado pedir”.

A revisão é outro ponto essencial, segundo André: ao terminar o rascunho, a primeira atitude é ler atentamente o texto e procurar não só repetições de palavras, eventuais erros ou analisar possíveis mudanças na redação, mas também se todos os comandos foram cumpridos. “É necessário conferir se a redação se encaixa no gênero solicitado”, frisa.

Reta final

Algumas atitudes podem fazer a diferença nos últimos dias de preparação para a segunda fase da UFPR. A leitura, por exemplo, é fundamental não só para ter contato com os modelos de texto, mas também para garantir repertório e diferentes visões de mundo, que, segundo a professora de redação do Colégio Bom Jesus, Cleuza Cecato, são pontos importantes para ir bem nessa etapa.

“Também recomendo que o aluno ‘fique amigo’ do site do Núcleo de Concursos e veja as cinco últimas provas e a grade de correção. Isso vai deixar ele habituado ao que é cobrado pelo vestibular e também ao resultado que espera-se que ele chegue”, aconselha.

Temas, tamanho e tempo

Duas grandes dificuldades que o candidato encontra nessa segunda fase são os temas e o tamanho dos textos. Os professores Cleuza Cecato e Sérgio Degrande Júnior têm a mesma máxima: o aluno deve treinar muito para desenvolver uma boa redação dentro do espaço normalmente limitado entre oito e 12 linhas para cada formato.

“O participante precisa ter um domínio vocabular preciso: não existe espaço para ser prolixo. Portanto, bom vocabulário e arranjos sintáticos são essenciais. O texto precisa ter raciocínios completos e complexos: você afirma, exemplifica e comprova dentro de poucas linhas”, explica Cleuza.

Em relação aos temas, Sérgio sugere que o aluno esteja atento aos grandes acontecimentos de 2016 em Curitiba. “Os temas mais comuns são discussões locais e que, de alguma forma, causaram mudança de comportamento nos curitibanos. A UFPR gosta de temas filosóficos e que falam de comportamento. É preciso ver o que aconteceu especialmente esse ano na cidade e saber discutir sobre isso”, ressalta Sérgio.

Outro ponto que exige cuidado é o tempo. Serão 4h30 para produzir os cinco textos, ou seja, em torno de 50 minutos para cada modelo. De acordo com André Vieira, é importante planejar essas horas disponíveis pois, geralmente, o candidato costuma fazer o primeiro texto em um tempo maior do que o último. Sua dica é destinar cerca de 30 a 35 minutos para um dos textos (rascunho), e mais 15 para passar a redação a limpo.

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