Para aprender é preciso querer. E para que o aluno queira saber é necessário despertar nele uma força que o faça se esforçar e ultrapassar a barreira do comodismo. E é isso que, dificilmente, um robô será capaz de fazer, na opinião de Daphne Koller, presidente do Coursera, uma das maiores plataformas de ensino on-line
“Os robôs não serão capazes de substituir professores, porque eles não podem nos inspirar”, disse Koller em entrevista ao site Recode, dos Estados Unidos, uma declaração chamativa para quem distribui conteúdo virtual. Para ela, uma das conclusões ao analisar o perfil dos alunos da plataforma, há três tarefas que dificilmente serão substituídas pela inteligência artificial: a criação dos conteúdos, a resposta para perguntas que só os humanos poderão suscitar e, sobretudo, a capacidade de inspiração de um bom professor.
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Leia a matéria completa“Quando falamos de experiências de vida, as pessoas costumam dizer que as situações mais inspiradoras que tiveram, com capacidade de mudar a sua existência, foram as vividas pelo contato com um professor realmente inspirador”, disse Koller em entrevista ao site Recode, dos Estados Unidos.
Lembrando nada mais nada menos que Aristóteles, Koller disse que os homens “são animais sociais”. “Eles gostam de aprender em grupos e gostam de aprender com as pessoas.” Além disso, ao longo do tempo “você vai ter mais e mais perguntas que um computador pode responder.”
A realidade virtual, nesse panorama, pode enriquecer, e muito, o papel do docente. Para Koller, bem utilizada pelo professor – porque a inteligência artificial também pode aborrecer, como os docentes chatos -, a realidade virtual cria experiências mágicas e envolventes que despertam no aluno o interesse pelo saber. “A realidade virtual permite experiências que a maioria das pessoas nunca terá, como mergulhar virtualmente na Grande Barreira de Corais na Austrália ou estar em tempos coloniais ou ir para as pirâmides do Egito. É nesse sentido que a realidade virtual assume um papel importante na educação.”
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