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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi chamado de “imbecil” pelo senador Romário (PL) após ter dito que a presença de crianças com deficiência em turmas regulares de ensino, sem o devido acompanhamento especializado, comprometia o aprendizado dos outros alunos.
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Em entrevista ao programa "Novo Sem Censura", da TV Brasil, na semana passada, Ribeiro defendia a nova Política Nacional de Educação Especial, atualmente suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante sua fala, o ministro disse que as famílias deveriam ter a opção de matricular crianças com deficiência em turmas especiais adaptadas ou turmas regulares. Enquanto argumentava a favor da proposta, Ribeiro disse que “a criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia, ela atrapalhava, entre aspas essa palavra, que falo com muito cuidado”.
Em sua conta no Twitter, Romário criticou a declaração de Ribeiro, dizendo que “somente uma pessoa privada de inteligência, aqueles que chamamos de imbecil, podem soltar uma frase como essa. Eles existem aos montes, mas não esperamos que estes ocupem o lugar de ministro da Educação de um país”. Também no Twitter, o senador ainda disse que a presença dos alunos deficientes nas salas de aula regulares é importante para ensinar sobre diversidade.
Carta
O assunto ainda foi tema do pronunciamento de Romário no Senado, na terça-feira (17), e gerou a divulgação de uma carta aberta escrita por Ivy Faria, filha caçula de Romário, que tem Síndrome de Down. Na mensagem, a adolescente, de 16 anos, explicou que frequenta a escola regular e que “não atrapalha ninguém”.
De acordo com o texto, ela estaria triste com o ministro, cuja fala, segundo ela, revela “falta de educação”. “A deficiência não nos torna incapaz de nada, basta que tenhamos oportunidade", disse Ivy na carta.
O ministro da Educação rebateu as críticas do senador, também usando o Twitter. “Quero acreditar que o Sr. não tenha assistido à entrevista e caiu na onda de quem distorceu o sentido de minha frase”, escreveu Ribeiro em uma das postagem dirigidas a Romário. Por fim, em outra mensagem, ele disse que era “muito deselegante” que um representante do Legislativo se dirigisse a um ministro de Estado da forma como Romário fez.