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Cotas no ensino superior

Rosa Weber rejeita ação do PDT para impedir limitação da lei de cotas no Congresso

Rosa Weber nega ação do PDT que pedia limitação do debate sobre a lei de cotas no Congresso
Ministra diz que pedido pretendia interferir em lei que sequer foi editada, prejudicando o debate sobre o tema no Legislativo (Foto: Carlos Moura/STF)

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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou a ação em que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pedia que a Corte garantisse que a revisão da Lei de Cotas, prevista para ocorrer este ano no Congresso Nacional, não resultasse na diminuição ou extinção das políticas de atualmente em vigor.

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Na ação, o PDT pedia que o Supremo conferisse interpretação ao artigo 7º da Lei 12.711/2012, que versa sobre cotas para o ensino superior, no sentido de que a revisão se limite à ampliação das políticas de cotas, vedando eventual diminuição dos benefícios, bem como suspensão ou extinção do programa de cotas.

Segundo a ministra, a demanda do partido tem a pretensão de “controle de constitucionalidade de caráter preventivo direcionado a ato legislativo futuro”, e o Supremo não pode atuar preventivamente, interferindo em lei que sequer foi editada. Para Rosa Weber, a atuação prévia do STF criaria obstáculos, de modo antecipado, ao debate sobre o tema no Legislativo, “o que não encontra guarida na arquitetura do controle constitucional existente no Brasil”.

As informações foram divulgadas pelo STF na terça-feira (5), mas a decisão foi dada por Rosa Weber na sexta (1.º).

Revisão da lei de cotas

Durante as discussões para a aprovação da Lei 12.711/2012, que prevê cotas para ingresso nas universidades públicas federais, definiu-se que a proposta, cujo objetivo seria “reparar injustiças históricas”, teria a duração de dez anos e que ao final desse período (que se encerra neste ano) seria feita uma revisão dessa política.

Como a lei não deu mais detalhes sobre o que seria essa revisão, movimentos sociais passaram a alegar que o sistema de cotas será encerrado, caso um novo projeto de lei que amplie a medida não seja aprovado ainda em 2022 – possibilidade que não está prevista na legislação.

Em meio ao “limbo” legal em que a lei se encontra, parlamentares começaram a apresentar diversos projetos com o objetivo de aumentar a extensão do programa, bem como os benefícios aos cotistas. Um deles, de autoria do deputado Valmir Assunção (PT-BA), propõe prorrogar a lei de cotas por 50 anos, fazendo uma nova revisão somente em 2062.

Crítico de longa data do atual formato da lei de cotas, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) tem buscado afastar o debate do campo ideológico, alegando que a medida é injusta ao priorizar determinadas categorias de indivíduos em detrimento de aspectos socioeconômicos. Para ele, o programa também ignora problemas estruturais da educação brasileira, como a não priorização do ensino básico, o que prejudica o acesso da população pobre como um todo ao ensino superior.

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