Para muitos jovens, a fase final do ensino médio começa com uma série de questionamentos. Afinal, o fim de uma etapa significa o início de outra e é justamente sobre esse início que muitos têm dúvidas. O próximo passo para quem vai continuar os estudos é optar por um curso de graduação e, consequentemente, a profissão em que vai atuar pelos próximos anos. Essa escolha envolve algumas questões, principalmente sobre o mercado de trabalho.
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A professora Cleuza Cecato, do colégio Bom Jesus, explica que a maior preocupação dos estudantes nessa fase é encontrar o equilíbrio entre as aptidões que eles têm e a possibilidade de retorno que o mercado oferece. Para isso, ela orienta os alunos a conversar com profissionais da área para entender o histórico da profissão escolhida e suas tendências. “Visitar feiras de profissões e conversar com profissionais satisfeitos na área também ajuda a conhecer a rotina e quebrar estigmas existentes sobre certas atividades”, afirma.
Outra dica para manter a certeza sobre uma boa escolha é ter sempre em mente que a rotina em uma profissão deve ser um prazer diário e por isso deve partir do principal envolvido com essa rotina: o estudante. Segundo Ivo Carraro, que trabalha com orientação educacional e profissional no Curso Positivo, a escolha do aluno deve passar por duas etapas. Primeiro, ele deve descobrir qual é o seu tipo de inteligência e que vocação exige mais conhecimentos dessa
área. Por exemplo: aqueles que têm inteligência lógico-matemática podem optar por cursos como engenharia e área de exatas; a inteligência linguística é aplicada em cursos de comunicação, direito e letras; já a inteligência espacial é característica de quem faz cursos como arquitetura.
Depois de definir sua inteligência, é preciso procurar algo que traga “prazer ao fazer”. “É como uma loja em que você é bem tratado e quer voltar. Se você não gosta, não quer voltar. Você tem que querer voltar para o seu trabalho todo dia”, explica Carraro. Além disso, a identificação com a rotina da profissão é o que vai fazer a pessoa gostar de estudar, buscar novidades e se tornar referência na área, afirma. Os profissionais de orientação vocacional também chamam a atenção para a importância de se escolher uma instituição reconhecida na área, que conceda boa formação prática e teórica, ajudando o aluno a garantir uma boa posição no mercado e na área acadêmica, caso ele opte por fazer formação continuada por meio de cursos de pós-graduação.
O desejo dos pais
Além de confrontar as opções com seus próprios questionamentos também há a influência dos pais, que algumas vezes fazem planos de carreira para os filhos sem necessariamente consultar as preferências deles. Nesses casos, a conversa é sempre a melhor saída. Explicar as preferências, a rotina de trabalho e as tendências de mercado ajudam a família a ter segurança na escolha. A orientação da “voz da experiência” deve ser feita com respeito aos valores de quem vai escolher a profissão. Para Lilian Luitz, gerente de educação do Sesi Paraná, a escola também tem pessoas que são referência e podem ajudar nesse aconselhamento. “A escolha tem que ser de uma forma colaborativa e bem orientada, para que ele [o aluno] se sinta feliz”,orienta.