Muito utilizado nos ambientes corporativos, o mapa mental (ou mind map) tem conquistado adeptos também nas salas de aula. Além de sua aplicação em brainstormings (tempestade de ideias) e para a resolução de problemas, ele funciona como uma eficaz ferramenta para otimizar os estudos e potencializar a aprendizagem de estudantes de todas as etapas do ensino, incluindo vestibulandos e até concurseiros.
Um mapa mental nada mais é do que um diagrama no qual é possível se visualizar o conjunto de informações referentes a determinado tema de maneira organizada e lógica. Para ilustrar sua funcionalidade, a diretora da Escola do Bosque Mananciais, Teresa Cristina Perri, o compara a uma mala de viagem. “Se você pegar tudo de que precisa para viajar durante um mês e jogar dentro de uma mala, ela não irá fechar. Agora, se dobrar e organizar as roupas, fará com que tudo caiba e até sobre espaço”, exemplifica.
Como fazer?
O mapa mental nasce a partir de uma centralidade, como explica Randy Rachwal, coordenador do curso de pós-graduação em Comunicação On-line da FAE Centro Universitário. Assim, o primeiro passo para construí-lo é colocar no centro de uma folha de papel a palavra ou símbolo que descreve o tema a ser estudado. A partir daí, criam-se tópicos secundários, que são conectados ao tema central, terciários (ligados aos secundários) e assim sucessivamente, até que se tenha uma rede de informações.
Para quem não tem experiência na elaboração dos mapas, a sugestão de Teresa é grifar no texto as palavras-chave do conteúdo que está se estudando para, a partir delas, construir o mapa.
“Se vou estudar o Renascimento, [parto dele para relacionar] o período em que ocorreu, o que significou, quais eram os artistas [deste período] e o que eles fizeram”, exemplifica a estudante do nono ano Maria Carolina Rodrigues Queiroz, que há cerca de quatro anos faz mapas mentais para estudar os conteúdos escolares, em especial os de História e Ciências.
Cores e formato
Como a visualização das informações é uma das principais características dos mapas mentais, a sugestão dos especialistas é a de que o estudante utilize canetas coloridas, desenhos, colagens ou outras técnicas com as quais tenha afinidade para montar seu mapa.
“Quanto mais bem elaborado, mais fácil será a transmissão daquela ideia. Mas essa ‘expressão’ não pode ser tomada como o mais importante, uma vez que a cor ou o desenho que o estudante irá utilizar pode ser [pensado] num segundo momento. O mais importante é o conteúdo, colocar as [informações] no papel”, lembra Rachwal. A estudante Maria Carolina, por exemplo, costuma utilizar de duas a quatro cores como forma de destacar a relevância das informações e facilitar a leitura do mapa.
O papel é a base mais recomendada pelos especialistas para a construção dos mapas mentais. Como eles costumam agrupar diversas informações, a dica é trabalhar com folhas grandes (tamanho A3) ou na horizontal (orientação “paisagem”), o que proporciona mais espaço para o encadeamento das ideias.
Outra possibilidade é utilizar aplicativos e softwares específicos para a construção dos mapas, mas Rachwal alerta que eles tiram a praticidade ofertada pelo papel, uma vez que se passa a depender de dispositivo para desenhá-los.
Vantagens
A organização e a eficácia são as principais contribuições que o mapa mental traz para os estudos, o que, consequentemente, terá reflexos na melhora do desempenho acadêmico. Para Maria Carolina, a partir do momento em que as informações são esquematizadas fica mais fácil para se compreendê-las e memorizá-las.
“Quando você abre o [mapa], todo o conteúdo está ali, resumido e anotado de forma simples. É mais rápido do que folhear o livro e procurar nas páginas os [trechos] que você sublinhou”, acrescenta.