A proposta apresentada pelo governo federal aos servidores técnico-administrativos, em greve desde 11 de junho, foi aceita na tarde desta terça-feira (21) pelos funcionários da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Instituto Federal do Paraná (IFPR). O reajuste de 15,8% dividido em três parcelas a serem pagas até 2015 e o atendimento a outras reivindicações relacionadas à carreira e às condições de trabalho, no entanto, foram rejeitados pelos servidores da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Os funcionários da UFPR e do IFPR voltarão a se reunir em assembleia nesta quinta-feira (23) para decidir se encerram a greve. "Aceitamos o acordo do governo. Agora, vamos esperar o posicionamento das outras universidades", afirma o técnico do Hospital de Clínicas (HC) Bernardo Pilotto, do Comando Local de Greve da UFPR. Ele explica que o fim da greve não depende de um posicionamento unânime de todas as instituições e a paralisação pode acabar separadamente em cada universidade.
A previsão é de que os servidores da Federal e do IFPR retornem ao trabalho a partir da próxima segunda-feira (27). A informação é do diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest) Márcio Palmares. Segundo ele, estavam presentes na assembleia desta terça cerca de 350 funcionários das duas instituições.
UTFPR e Unila
Segundo Pilotto, os servidores da Unila e da UTFPR rejeitaram a proposta do governo por não contemplar reivindicações locais. Representantes dos comandos de greve das duas universidades foram procurados pela reportagem para comentar o resultado das assembleias mas não foram encontrados.
Orçamento
De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a proposta feita pelo governo aos servidores implicará em um impacto orçamentário de R$ 2,9 bilhões, e, caso assentida, deve ser incluída no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2013.