Empresários, parlamentares, representantes de entidades acadêmicas e dirigentes de universidades estiveram reunidos nesta quarta-feira, em Brasília, para debater a terceira versão do anteprojeto de reforma da educação superior. Eles analisaram a proposta sob o ponto de vista do setor empresarial e das demandas do mercado de trabalho.
"O setor produtivo enfrenta diariamente a realidade das diferenças entre as demandas educacionais do século XXI e os tradicionais serviços providos pelas escolas", disse Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A entidade participou dos debates promovidos pelo Ministério da Educação desde março de 2004 para elaborar a proposta de Reforma Universitária. Na avaliação de Monteiro Neto, a terceira versão trouxe avanços que refletem a visão do setor produtivo.
Segundo ele, destacam-se os artigos sobre a obrigatoriedade de as universidades federais oferecerem vagas em cursos noturnos, o reconhecimento da educação a distância, o caráter consultivo do Conselho Social de Desenvolvimento, o Plano de Desenvolvimento Institucional e as correções dos desequilíbrios regionais e sociais para aperfeiçoar o ensino superior.
Enviado à Casa Civil da Presidência da República no final de julho, o anteprojeto será analisado por outros ministérios para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva envie a proposta ao Congresso Nacional.
"Esperamos, com a conclusão do projeto de lei orçamentária este mês, que a agenda da Casa Civil fique mais aberta e nós possamos fazer uma discussão no governo sobre o projeto da reforma, que pode sofrer alterações", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Para o governo, os principais pontos da proposta são o financiamento das universidades públicas, o combate à mercantilização do ensino superior, a busca pela qualidade do ensino e a democratização do acesso à universidade.
As informações são do Ministério da Educação.
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