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O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) divulgou nota contestando informação divulgada pelo Ministério da Educação de que a proposta de reajuste salarial do governo para os professores representa um aumento de 9,45% acima da inflação. Segundo a nota, o percentual de 9,45% diz respeito apenas ao reajuste médio proposto pelo MEC.

"A proposta não compensa as perdas inflacionárias acumuladas no governo Lula para todos os níveis da categoria e não contempla o ano de 2005", diz a nota, assinada pelo Andes e pelo comando nacional de greve.

O sindicato diz que a proposta prevê reajuste de salários só a partir de 2006. Segundo o Andes, o MEC enviou documento a parlamentares anunciando a intenção de enviar projeto de lei com a proposta de reajuste rejeitada pelo sindicato e por assembléias de professores.

Não é a primeira vez que notas divulgadas durante a greve, que completa 85 dias hoje, provocam polêmica. O ministro Fernando Haddad irritou-se com texto distribuído pelo comando de greve que dizia que representantes do MEC estariam ameaçando os professores de demissões em massa. Haddad negou qualquer intenção nesse sentido e citou o episódio ao justificar a decisão de interromper as negociações e enviar o projeto de lei ao Congresso.

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