Um panfleto distribuído aos alunos da Escola Estadual Silvio Magalhães Barros, em Maringá, pede que os estudantes compararem os projetos dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
O material foi distribuído pela professora e ex-vereadora pelo PT Vilma Garcia da Silva, presidente do Núcleo Maringá da APP-Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Paraná. “Reflita e defina o seu voto a favor da educação e dos (das) trabalhadores (as)”, diz a Carta Aberta aos Pais, Mães e Estudantes.
Conteúdo
O panfleto aborda diversos temas e compara “propostas” de Haddad e Bolsonaro. No tópico “Educação”, o texto afirma que Fernando Haddad “propõe ampliar os recursos para a educação pública e outros serviços públicos”, enquanto Bolsonaro “votou a favor da lei que congelou os gastos em saúde e educação. Também afirma que não precisa de mais dinheiro para essas áreas”.
Sobre a Reforma da Previdência, aponta que Bolsonaro é a favor do meio que “acaba com nossa aposentadoria”. Em relação à Reforma Trabalhista, por outro lado, enquanto Haddad quer “garantir direitos” ao revogar a lei, Bolsonaro “propõe reduzir ainda mais os nossos direitos”.
LEIA TAMBÉM: Professor é agredido por apoiadores de Haddad durante ato em universidade federal
A vice-diretora da escola, Adélia Rodrigues, informou à Gazeta do Povo que o material foi iniciativa da professora e a escola procura não entrar em discussões políticas.
“Não tínhamos conhecimento. A nossa fala, desde o início do período eleitoral, é de que ninguém se posicione, porque podemos acabar caindo nesse tipo de problema que está acontecendo agora”, disse.
Já, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação, os servidores e funcionários são orientados sobre as condutas proibidas durante o período eleitoral.
“As orientações estão disponíveis no documento “Orientações sobre condutas vedadas aos agentes públicos estaduais – período eleitoral 2018”. O descumprimento das normas é passível de processo administrativo”, disse a pasta em comunicado enviado à Gazeta do Povo.
Outro lado
Segundo a APP-Sindicato, a conduta está de acordo com a lei eleitoral. A entidade declarou que acionará o departamento jurídico sobre o ocorrido.
“A lei não permite que você convoque voto para os candidatos. O nosso material não é de convocação de voto, mas de explicitação dos projetos educacionais que estão contidos nos planos de governo registrados no Tribunal Superior Eleitoral”, diz Marlei Fernandes, ex-presidente da APP Sindicato, que falou em nome da entidade.
“É uma avaliação que fizemos, aprovamos em instância superior do sindicato, que é o conselho estadual da entidade, e esse material foi produzido para ser entregue nas escolas e fazer o debate com os nosso estudantes e profissionais da educação”, completa.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Moraes não tem condições de julgar suposto plano golpista, diz Rogério Marinho
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião