A Federação que reúne os sindicatos de professores dos Institutos Federais no Brasil, o Proifes, decidiu nesta quarta-feira (25) indicar aos professores em greve nessas instituições que aceitem a proposta do governo apresentada na terça-feira (24). O Conselho Deliberativo da entidade entendeu que a proposta do governo contempla as principais reivindicações da entidade.
No Paraná, a deliberação afeta apenas o Instituto Federal do Paraná (IFPR). Nos próximos dias, professores desta instituição votarão se aprovam a indicação do Proifes por meio de um plebiscito. "Faremos assim para garantir que todos os professores possam dar a sua opinião, mesmo que não consigam ir à assembleia", afirmou Nilton Brandão, presidente do Sindiedutec, sindicato dos professores do IFPR e diretor do Proifes.
Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), vinculadas a outro sindicato, a Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), esperam a decisão de uma assembleia que acontece nessa quarta-feira no Comando de Greve, em Brasília, e que ainda não terminou. A presidente da Andes, Marinalva Oliveira, já adiantou que os professores não gostaram da contraproposta do governo, mas que a entidade só tomará alguma posição oficial no fim do encontro. Depois que a Andes se posicionar, os sindicatos locais dos professores de cada instituição terão até o dia 1º de agosto para votar se aceitam a proposta, data em que já está marcada outra reunião de negociação dos sindicatos com o Ministério do Planejamento.
De acordo com Brandão, a proposta do governo é aceitável. "Não era tudo o que queríamos, mas, dada a conjuntura atual, é a melhor até agora porque leva em consideração todas as reivindicações que o Proifes apresentou", afirmou. "Todos os professores terão, ao menos, reajuste salarial de acordo com a inflação até 2015. O governo retirou ainda alguns pontos que feriam a nossa autonomia, que serão estudados em mesas de trabalho conjuntas".
Em nota, o Conselho Deliberativo do Proifes declarou que "a aceitação da nova proposta também reflete uma preocupação com o prazo de até 31 de agosto para que o governo envie Projeto de Lei ao Congresso Nacional". Do contrário, continua o texto, "não haverá reajuste em 2013 e todos os avanços da negociação iniciada em setembro do ano passado serãom desconsiderados".