Medir as coisas é uma necessidade do homem desde as civilizações mais antigas. Tanto é que por vários séculos cada povo tinha o seu método próprio de medição. Normalmente, elas tinham como base o corpo humano, seja pelas mãos, pés ou polegadas. À medida que as culturas começaram a se integrar, a falta de um padrão para medir o peso e o comprimento das coisas criou dificuldades para o comércio.
Em 1789, os franceses criaram o Sistema Métrico Decimal (SMD), formado por três unidades básicas: o metro, o litro e o quilograma. Vários países, inclusive o Brasil, adotaram o método, mas, por causa da exigência de medições cada vez mais precisas, ele foi substituído, em 1960, pelo Sistema Internacional de Unidades (SI).
Três séculos após o lançamento do SMD, qual seria a melhor maneira de ensinar unidades de medida e todas as suas variantes? Para o professor de matemática Anderson Oliveira de Almeida, que trabalha no colégio Dom Bosco e na Universidade Tecnologia Federal do Paraná (UTFPR), é importante se valer dos exemplos. "O que eu tento fazer é lançar uma situação problema para os alunos. Assim, eles vão desvendando o que tem de matemática no assunto. Outra coisa é tentar pegar situações mais práticas para ajudar no aprendizado", explica. "Eu levo um tubo cheio de água para a sala de aula para mostrar de forma mais concreta a medição de volume. Assim, eles veem o assunto com outros olhos porque começam realmente a entender."
Mesmo sendo um assunto que é ensinado pela disciplina de Matemática apenas na oitava série, os alunos já chegam à aula com uma boa noção do tema.