O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu requisição da Procuradoria Geral da República (PGR) e determinou na noite desta terça-feira (28) a abertura de inquérito para apurar suposto crime de racismo cometido pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
No começo de abril, Weintraub publicou mensagem nas redes sociais insinuando que a China poderia ter demorado para avisar ao mundo sobre a pandemia do coronavírus para se beneficiar da crise que viria desse adiamento. Após ser criticado, Weintraub apagou o texto.
Em entrevista para a Gazeta do Povo, Weintraub disse que não é racista e lembrou que parte do seu MBA havia sido feito na Chinese University of Hong Kong. Sobre o comentário, ele afirmou que estava apenas querendo mostrar a sua "insatisfação com o fato de o Partido Comunista Chinês ter segurado a informação da pandemia".
"Eles poderiam ter alertado o mundo 40 dias antes e, com isso, teríamos mais respiradores, mais capacidade, melhor preparo. Mas ficaram de bico fechado e, de repente, descobrimos que eles ficaram fazendo respirador, equipamento médico, que está sobrando [equipamento] lá e eles estão leiloando para o mundo. E o mundo inteiro está desesperado. Não tenho como afirmar, mas, aparentemente, eles fizeram estoque de caixa antes da crise, para sair comprando empresas baratas pelo mundo", afirmou.
"Eu tenho um estilo que é o de falar a verdade, falar o que penso. Quando acho que estou errado, peço desculpas, basta ver que, quando vou para os embates no Congresso, várias vezes eu peço desculpas. Nesse caso, não foi racismo e me recuso a aceitar essa pecha", afirmou.
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