Uma suspeita de fraude no Vestibular 2006 da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) será investigada pela polícia de Telêmaco Borba, município a 235 quilômetros de Curitiba. As provas aconteceram nos dias 16 e 17 deste mês. O inquérito foi aberto após denúncia feita por dois candidatos que deveriam prestar o concurso no município. Segundo informações da repórter Érica Busnardo, da Gazeta do Povo, esta semana a delegada Mônica Meister começa a ouvir testemunhas e a instituição.
Todo o caso começou quando o pacote de provas enviado para a sala 165 do câmpus de Telêmaco Borba, que saiu lacrada da reitoria da UEPG, em Ponta Grossa, chegou com 29 cadernos, dez a menos do que o necessário para a turma de candidatos a cursos na área de humanas. Havia apenas quatro cadernos de provas na reserva, assim, a coordenadora do concurso na sala providenciou seis fotocópias.
Diante da saída dos fiscais para providenciar as cópias, Donizete Pereira (Geografia) e Denise Vianna (Direito) se recusaram a responder as questões. Segundo queixa dos dois candidatos na delegacia, alguns alunos teriam iniciado as provas antes dos outros e comentado as questões em sala, considerando a situação injusta. O imprevisto atrasou o inicio do vestibular em 45 minutos, concedidos após o prazo final.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, o presidente da Comissão Permanente de Vestibular da UEPG, Antônio Schafranski, afirmou que a atitude de fotocopiar as provas foi a mais correta e que houve um erro humano e não tentativa de fraude. "É provável que no empacotamento, alguém deixou de contar dez cadernos", afirma. Ao contrário do que afirmaram os candidatos, Schafranski diz que nenhum vestibulando foi desfavorecido, pois a prova teve inicio somente quando todos estavam com os cadernos em mãos.
O presidente da Comissão afirmou ainda que o concurso não será cancelado. "Anular o vestibular por conta de um erro humano é um absurdo", disse.