O ministro da Educação, Tarso Genro, está disposto a deixar o governo Lula para assumir a secretaria-geral do PT, cargo que era ocupado por Sílvio Pereira, se houver um consenso em torno desta proposta e se isso for importante para fortalecer o partido.
O ministro foi procurado por um grupo de petistas no início desta semana, que lhe disseram que fariam esta proposta na reunião do diretório nacional, no sábado e no domingo, que vai eleger uma nova executiva nacional.
"Minha maior responsabilidade é o Ministério da Educação. Por isso, pedi a eles que examinassem se era realmente muito necessário que colocasse meu nome para a secretaria-geral. Se chegarem à conclusão que o eixo de sustentação estratégica do governo é o partido não vou sonegar minha contribuição e pedirei ao presidente Lula minha liberação (do ministério)", disse Tarso Genro.
Entre os parlamentares que procuraram o ministro estão os deputados Carlito Mers (PT-SC), Paulo Pimenta (PT-RS), Colombo (PT-PR), José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Roberto Gouveia (PT-SP). Eles ficaram com a responsabilidade de negociar até sábado com integrantes da Articulação, tendência majoritária do PT e que ocupava este cargo, para avaliar se o nome de Tarso poderia representar uma saída de consenso.
Na conversa, segundo um dos petistas, o ministro afirmou que a educação tinha uma função estratégica no governo Lula e era uma das agendas positivas fortes do governo. Mesmo assim, argumentou que estaria disposto a integrar a direção provisória do PT, que vive a maior crise de sua história de 25 anos.
Tarso, que é da tendência de centro Movimento PT, que lançou a deputada Maria do Rosário (RS), para disputar a presidência do partido nas eleições de 18 de setembro, apóia a reeleição de José Genoino. Ambos participaram da mesma tendência, a Democracia Radical, que se extinguiu.
"Nós precisamos fortalecer a ação do PT e dar uma cara nova para o partido. O ministro Tarso Genro pode desempenhar este papel", afirmou o deputado Carlito Mers.
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