Era uma aula com contação de histórias como qualquer outra. Dezenas de alunos da educação infantil sentaram de “perninha de índio” no chão, enquanto a professora virava a primeira página, exibindo o livro para a turma. Mas não levou muito tempo para que as crianças de 5 anos de idade percebessem que aquele não era um livro infantil como os outros. “Eu tenho cérebro de menina, mas corpo de menino”, começou a professora. “Isso se chama transgênero. Foi assim que nasci”.
Graças a uma nova parceria entre duas forças radicalmente progressistas, a National Education Association (NEA) e a Human Rights Campaign (HRC), não há nem como contar quantos alunos norte-americanos dessa faixa etária ouviram essa mesma mensagem em suas classes pelo país. Isso porque segunda-feira (4) foi o Read Across America Day e, pela primeira vez, as maiores organizações extremistas LGBT do país foram os patrocinadores oficiais do evento.
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A NEA, que durante anos não passou de um satélite da ala extrema-esquerda do Partido Democrata, defendeu que era “urgente” fazer uma parceria com a HRC, depois que Donald Trump suprimiu a ordem de Barack Obama a respeito dos banheiros unissex. “O governo Trump tem sido abertamente hostil”, disse a presidente da NEA, Lily Garcia. “Levantar a nossa voz é mais importante do que nunca”.
Em um texto do Washington Post sobre a iniciativa, ninguém explica se houve permissão dos pais. A julgar pelo histórico de ambas as entidades, é seguro presumir que não houve. Afinal, esse é exatamente o tipo de doutrinação ultrajante que faz com que milhões de país tirem suas crianças da escola pública e a matriculem em colégios cristãos ou optem pelo ensino domiciliar – com a opção por modalidades radicais de educação sexual, mesmo para os primeiros anos de ensino, não é nenhuma surpresa que o homeschooling esteja em seu maior pico de popularidade nos últimos 20 anos.
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Encorajar as crianças a aceitar – ou, pior, a viver – essa fantasia da ausência de gêneros é não apenas destrutivo, mas, no dizer da Academia Americana de Pediatras, “abuso infantil”. “Quando um menino biológico saudável crê que é uma menina, ou o contrário, estamos diante de um problema psicológico objetivo, que está na mente e não no corpo, e assim deve ser tratado”, diz a entidade.
Isso para não mencionar que esse tipo de confusão é, na maioria das vezes, apenas uma fase. “98% dos meninos confusos quanto ao seu gênero e 88% das meninas eventualmente aceitam o seu sexo biológico depois de passar naturalmente pela puberdade”, afirma a entidade.