Uma atividade aplicada em uma escola primária nos Estados Unidos pediu que alunos marcassem “opressões” sofridas por eles para medir seu “privilégio”. O teste foi aplicado em dezembro, na Badger Middle School, a 150 alunos do oitavo ano do ensino fundamental.
Os estudantes deveriam assinalar situações que se aplicassem à sua vida pessoal. Entre as 55 opções listadas, estavam “Eu sou branco”, “Eu sou homem” e “Eu sou heterossexual”. O objetivo do teste seria medir o nível de privilégio social de cada aluno.
A atividade seria parte de uma discussão iniciada após a leitura do livro “O Sol é Para Todos”, da escritora Harper Lee, que discute racismo durante o período de segregação racial nos Estados Unidos.
Repercussão
“Para muitas crianças, elas sequer sabem o que maioria dessas coisas significa”, disse Kim Goldman, mãe de uma aluna da escola, para a emissora Fox 6 Now. “A minha filha não sabe o que isso significa, e ela tem 13 anos. Essa é a idade certa para ensinar isso?”, completou.
A crítica foi reconhecida pelo diretor da escola, Dave Uelmen. Segundo ele, a linguagem usada poderia ser confusa para crianças de 13 a 14 anos, faixa etária dos estudantes que participaram da atividade.
“Como pai de uma criança do oitavo ano, entendo que algumas pessoas podem achar que esses assuntos deveriam ser discutidos em casa e não na sala de aula”, disse Uelmen - segundo a Fox 6 News, o distrito escolar decidiu parar de aplicar o teste após a repercussão negativa.
Em uma iniciativa de movimentos sociais, os discursos que se referem a um grupo de pessoas são modificados para não usarem o plural masculino â âelesâ, âtodosâ, âmeninosâ â mas sim uma marcação de gênero neutro: https://t.co/qQpr38hwVg via @ideias_gp
â Gazeta do Povo (@gazetadopovo) January 3, 2018