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Os trabalhos de arte em homenagem a Carmen Miranda tiveram o envolvimento de cerca de 300 crianças | Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Os trabalhos de arte em homenagem a Carmen Miranda tiveram o envolvimento de cerca de 300 crianças| Foto: Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
  • Carmen Miranda em papel machê, criação da estudante Ana Carolina de Souza, de 13 anos, em exposição no CJAP

Se estivesse viva, a cantora e atriz Carmen Miranda, que ganhou a alcunha de "Pe­­quena Notável", teria completado um século neste ano. Reconhecida internacionalmente, é considerada a maior artista brasileira de todos os tempos – Carmen nasceu em Portugal mas chegou bebê ao Brasil e não se considerava portuguesa. Pela marcante passagem pelo cinema e rádio entre os 21 e 29 anos, ganhou um tributo dos alunos do Centro Juvenil de Artes Plásticas (CJAP), anexo ao Museu Alfredo Andersen, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Seec).

Cerca de 300 jovens entre 6 e 15 anos imprimiram sua visão sobre a artista em pinturas, papel ma­­chê, colagens, desenhos e modelagens, com técnicas aprendidas em oficinas do CJAP. "Temos muita procura pela técnica de mangá (história em quadrinho em estilo japonês). Carmen ganhou até olhos grandes, que são a maior característica desse estilo de desenho", diz a professora de Artes Maria Apare­cida de Lima.

Foram seis meses de trabalhos até a inauguração da mostra. Segundo Maria Aparecida, foram apresentados materiais, como vídeos e músicas, e muitas crianças nunca tinham ouvido falar de Carmen. Outras reconheceram, por memória auditiva, algumas marchas de carnaval. "É importante mostrar a elas nossa história. Tudo passa rapidamente e muitos não têm esse contato na escola ou em casa. Eles se envolveram muito."

Aos 54 anos de sua morte (5 de agosto de 1955), ganhou a admiração de Ana Carolina de Souza, de 13 anos. Para a mostra, a menina criou uma das bonecas de papel machê, que representam a ar­­tista em tamanho natural, desde a ba­se do corpo até o figurino. "Não é para qualquer um usar roupas cheias de frutas. E gosto muito de sal­to, por isso adoro os tamancos dela."

Moda

Como lembrou a estudante, Carmen também marcou o mundo da moda com seus modelitos estilizados de baiana, colares de bolas grandes e sapatos plataforma, como explica a designer de moda Priscila Sottomaior, professora de História da Moda do curso de Estilismo e Moda do Senac-PR. "Os sapatos com saltos grossos e altos são criação dela. Como era muito pequena (um metro e meio), usava para parecer mais alta na tevê."

Carmen Miranda gravou seis filmes no Brasil e 14 nos Estados Unidos. A estreia foi com o filme Alô, Alô Carnaval (1936). Gravou 281 músicas no Brasil e outras 32 nos Estados Unidos. Entre os maiores sucessos estão "Chica-Chica-Bum", "O Que É Que a Baiana Tem?" e "Taí" (Pra Você Gostar de Mim).

Serviço

Taí: um tributo a Carmen Miranda. Centro Juvenil de Artes Plásticas (CJAP). Rua Mateus Leme, 56, Largo da Ordem. De segunda a sexta, das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas, até 29 de janeiro de 2010. Entrada franca. Informações sobre a exposição e as oficinas de artes pelo fone (41) 3323-5643.

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