Para coibir a prática de trotes violentos, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) começou a oferecer o disque-denúncia. O serviço foi a principal novidade desta segunda-feira (14), quando teve início o ano letivo para os 3.024 calouros dos câmpus de Maringá, Umuarama, Cidade Gaúcha, Cianorte e Goioerê.
Brincadeiras como cortar cabelo, banho de lama e de farinha no interior dos câmpus são proibidas. "Não vemos sentido nessa barbárie. É uma mudança gradual e cultural porque quem é humilhado este ano quer humilhar no ano que vem", diz a pró-reitora, Sônia Benites. Mesmo com a campanha, o tradicional trote foi realizado fora das dependências da universidade e na região central, com estudantes pintados, sujos e pedindo dinheiro.
O trote na rede pública de ensino é proibido pela lei estadual 12.857/2000, lei municipal 310/99 e por resoluções internas da UEM. As penas vão de multas e suspensão até a expulsão da instituição. Os eventos de boas vindas aos calouros vão até sexta-feira (18), com palestras, espetáculos de dança, teatro, musicais e doação de sangue e de medula.
O disque-denúncia da UEM é o 0800-643-4278. Não há necessidade de se identificar na ligação.
Professores são poucos
Os estudantes enfrentam já no início das aulas o déficit de professores. Entre as cinco universidades estaduais, a UEM é a segunda com maior defasagem. A reitoria solicitou à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), no final do ano passado, a abertura de teste seletivo para a contratação de 183 professores para suprir as vagas originadas por mortes, rescisões de contratos, exonerações, aposentadorias e licenças.
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