O Ministério da Educação (MEC) autorizou nesta quinta-feira (10) a contratação de 114 professores de nível superior para a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e para o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR). Ao todo, 2.365 vagas foram abertas em todo o Brasil. Dessas, dez vagas são para o Cefet-PR e 104 para a UFPR 30 delas para a nova unidade, no litoral.
As contratações vão reduzir em 19% a carência de docentes titulares no estado. Atualmente, as duas instituições possuem, juntas, 437 professores substitutos, número que cairá para 353. A medida, no entanto, não agradou totalmente os dirigentes das instituições. "Quem tem a família inteira com fome dá um pouquinho para cada um e não mata a fome de ninguém", declarou o diretor de Orçamento e Gestão do Cefet-PR, Vílson Ongaratto, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.
A contratação de 2.365 professores concursados de terceiro grau em todo o Brasil é vista pelas entidades de classe como um mero paliativo. Segundo a presidente da Associação de Professores da UFPR, Maria Sueli Soares, o governo passa a impressão de que trabalha quando, na verdade, contribui para sucatear o ensino superior.
Nas próximas semanas, as duas instituições vão fazer reuniões para definir a distribuição interna das vagas, com prioridade para os setores mais carentes. O edital de convocação do concurso para contratação deve ser publicado ainda neste mês. A intenção é ter os professores em sala de aula até o início do segundo semestre.
Para o reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, as novas vagas atenuam o problema, mas são insuficientes. O reitor espera a contratação de 50 novos docentes, em concurso a ser anunciado pelo MEC no segundo semestre, para cobrir as perdas por aposentadoria, saídas e mortes da universidade. Para este mesmo edital é aguardada a criação de pelo menos mais nove vagas para evitar que a unidade do litoral comece a funcionar de forma plena com déficit.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura