A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é uma das 16 instituições públicas de ensino superior que receberão este ano repasses do governo federal para combater a violência escolar. Os recursos do projeto Escola que Protege, do Ministério da Educação (MEC), serão utilizados para preparar professores, gestores de escolas públicas e integrantes dos conselhos escolares para trabalhar na redução da violência contra crianças e adolescentes.
"No conjunto, elas devem qualificar oito mil profissionais", explica Danielly dos Santos Queirós, da coordenação de direitos humanos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Os cursos de formação terão 80 horas (60 delas presenciais) e duração de seis a 12 meses.
Cada instituição deve prever cursos para, no mínimo, 500 pessoas. Em uma turma com 500 participantes, 430 vagas serão destinadas a profissionais da educação básica das redes municipais e estaduais, membros dos conselhos de educação e escolares e profissionais ligados aos programas Mais Educação (escolas com atividades em dois turnos) e Escola Aberta (escolas que recebem alunos e a comunidade aos sábados e domingos).
As 70 vagas restantes serão para profissionais de outras áreas, como saúde, desenvolvimento social, conselhos tutelares, agentes de segurança e da justiça, profissionais de comunicação e estudantes universitários.Prioridades
É requisito básico do Escola que Protege atender municípios, cidades e áreas onde crianças e adolescentes são mais vulneráveis à violência. São prioritários desta ação 140 municípios, incluindo todas as capitais. Outro indicativo das áreas-alvo do Escola que Protege é o Guia Rodoviário, documento produzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com a Polícia Rodoviária brasileira. O guia não cita municípios, mas 1.819 pontos em rodovias onde os índices de violência contra crianças e adolescentes são altos, tais como boates, motéis, postos de gasolina de beira de estrada. A formação de profissionais das escolas dessas áreas também é prioridade. Universidades
As 16 instituições públicas de ensino superior selecionadas este semestre representam as cinco regiões do país. Da região Nordeste participam as universidades federais do Piauí (UFPI), de Alagoas (UFAL), e da Paraíba (UFPB) e as estaduais da Bahia (UNEB), de Pernambuco (UPE), e da Paraíba (UEPB); da região Sudeste, as federais do Espírito Santo (UFES), de Minas Gerais (UFMG), de São Paulo (Unifesp e UFSCar) e a estadual (USP); da região Norte, a federal de Rondônia (UNIR) e a estadual do Amapá (UEAP); do Centro-Oeste, as federais de Goiás (UFGO) e de Mato Grosso (UFMT); e da região Sul, a federal do Paraná (UFPR).
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