O premiado escritor britânico Ian McEwan demonstrou descrença quanto ao uso de seus livros como leitura obrigatória nas escolas. De acordo com ele, a sensação surgiu após ajudar seu filho em uma tarefa sobre seu próprio livro. E o garoto conseguir a nota C+ (algo como um 6, em uma escala de 0 a 10).
“Sempre me sinto um pouco cético quanto às pessoas serem obrigadas a lerem minhas obras”, declarou o autor em entrevista à revista britânica Event.
LEIA TAMBÉM: Um professor deixou que os alunos escolhessem as próprias notas. Não deu certo
McEwan conta que seu filho teve que escrever um trabalho sobre a obra “Amor Sem Fim”. Mesmo ajudando-o a interpretar o livro, o trabalho ficou longe de receber nota máxima.
“Confesso que lhe dei um tutorial e disse o que deveria analisar. Não li o trabalho, mas no fim o professor discordou firmemente do que ele disse”, contou McEwan. “Acho que ele tirou um C+”, completou o escritor.
O escritor
Os livros de Ian McEwan e suas adaptações para o cinema são temas recorrentes de estudo acadêmico no Reino Unido, desde a educação básica até pesquisas de doutorado. Ele é escritor e roteirista, autor de livros como “Serena” e “O Inocente”.
O best-seller “Desejo e Reparação”, lançado em 2001, foi adaptado para os cinemas em 2007. O filme foi indicado a quatro categorias no Oscar 2008 e vencedor dois prêmios no Globo de Ouro naquele ano.
PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Lula diz que “agradece” por estar vivo após suposta tentativa de envenenamento