Exercer ao mesmo tempo mais de uma profissão ou atividade pode até ser uma meta difícil. Mas não impossível. A versatilidade e a ousadia contam a favor de quem percebe ter fôlego o bastante para duplas jornadas. Segundo os "workaholics vocacionais", o prazer de poder realizar mais de um desejo cobre os custos da correria e das horas de sono perdidas.
Iran Carlos Rodrigues é uma espécie de "dois em um". Aos 18 anos, durante uma festa entre amigos, decidiu o que seria na vida disc-jóquei (DJ). "O local estava cheio, mas a música não ajudava. Decidi assumir o comando. O resultado foi fantástico. Depois daquela noite, recebi várias propostas de trabalho", relembra.
O gosto pela música falou alto, mas a carreira de DJ não era reconhecida. "Depois de três anos, procurei um ofício mais lucrativo e estável. Passei a fiscalizar táxis na Urbs. Era a oportunidade que eu precisava", conta. Hoje, Rodrigues tem os pés em dois mundos. Compensa. "À noite, me divirto com a música e com o público. Durante o dia, ajudo a população a ter um transporte melhor", avalia. No estudos, enfrentou outra escolha difícil. Desistiu da primeira faculdade, Engenharia Civil, por incompatibilidade. Atualmente, cursa Gestão de Trânsito e Transporte. "Acho possível atuar em áreas completamente diferentes", diz, sobre seu lema.
O arquiteto e músico Márcio Pimentel de Carvalho descobriu ainda na infância ter nascido para mais de um ofício. "Desde pequeno eu gostava de desenhar. Minha vocação para as artes plásticas já estava definida." Enquanto isso... inspirado pelo tio-avô, o oboísta João Ramalho, encaminhou-se para a música. "Tocar não é só mais uma profissão, mas um alimento para o espírito." Conciliar tantas atividades é que são elas. Carvalho mesclou algumas características da arquitetura às artes plásticas. Montou um ateliê, no qual vende suas criações. E fez carreira na Orquestra Sinfônica do Paraná.
Para o administrador de empresas Marcos Antônio Ramon, a hiperatividade foi usada a favor. "Durmo quatro horas por noite, mas consigo administrar minhas quatro empresas, além de ser conselheiro da Vara de Execuções Penais, professor, coordenador do Grupo Espírita Paranaense e do Núcleo de Orientação e Integração Social, voltado para as famílias dos encarcerados." O empresário segue uma rotina espartana e conta com os outros. "O meu dia é completamente agendado. Os colaboradores da minha empresa também são fundamentais." E o melhor: Ramon garante que não abriu mão da família e do lazer.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas