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coluna ler e pensar

Um universo de possibilidades

 | Divulgação
(Foto: Divulgação)

A educação pode, sim, mudar realidades. Isso é o que faz a professora Simone Nogueira de Lima ter motivação suficiente para inovar suas práticas pedagógicas todos os dias. Simone utiliza o jornal em sala de aula há três anos. Hoje, leciona para uma turma de contraturno na Unidade de Educação Integral da Escola Municipal Michel Khury (foto), em Curitiba. A realidade da escola não é diferente de outras em que a educação faz a diferença: alunos oriundos de assentamentos irregulares, sem saneamento básico, algumas famílias que convivem com drogas, violência e acúmulo de lixo. Situações em que integração entre escola e sociedade é fundamental. “Envolver cidadãos que não vivenciam nossa rotina é uma maneira de aproximar comunidade e escola, estabelecendo relações de parceria em prol do benefício coletivo.” afirma ela.

Para trabalhar com a educação integral, o jornal é recurso perfeitamente adequado, pois rende atividades interdisciplinares. Aqui a criatividade de Simone foi longe: construção de hemeroteca, trabalho com charges, batalha naval com o jornal, mostra cultural, tecnologia assistiva, racismo e direitos humanos, horta comunitária, uso consciente da energia elétrica... Utilizar o periódico no dia a dia tornou-se hábito.

Conectados

O tema tecnologia foi central e permeou todas as ações. “Os alunos discutiram sobre o uso de imagem, exposição na internet, redes sociais, como Facebook – com idade mínima de 13 anos para registro – blogs e softwares. Mas durante todo o desenvolvimento do projeto, fiz questão de introduzir discussões sobre a necessidade de se manter off-line. Dessa forma, mesmo trabalhando conteúdos sobre tecnologia, a abordagem foi diferente, com jogos e brincadeiras para relaxar. Ao final, leitura crítica, cidadania e aprendizagem de conteúdo resultaram em boas vivências. Os pais dos alunos agradecem: “Projetos como esse ajudam a criança a entender melhor o que se passa à sua volta e a ter um posicionamento. Minha filha lê muito mais e seu vocabulário está muito mais rico.”, comemora Claudinéia, mãe de uma aluna.

Pela qualidade de sua prática, Simone foi uma das três professoras vencedoras do Concurso Ler e Pensar 2015. A Escola Michel Khury participa do projeto por meio do patrocínio do HSBC.

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