Visitar vários países, explorando oceanos, montanhas e até mesmo a Lua ou Marte. Essas são as possibilidades apresentadas pelos modernos programas de computador de geoprocessamento. Com mapas virtuais, quase todos os lugares do mundo estão acessíveis aos olhares curiosos de crianças e jovens. Sites como o Google Maps e programas como o Google Earth, possibilitam a visualização de partes do globo na tela do computador em versão cartográfica, imagens de satélite, fotos aéreas e tridimensionais. "Em muitos casos as imagens têm resolução suficiente para perceber características das construções, quantidade de árvores e até de carros em uma paisagem", diz a coordenadora do núcleo de pesquisas de Educação Interativa da Universidade Tuiuti do Paraná, Iolanda Bueno Cortelazzo.
As horas gastas em frente ao computador, esmiuçando a geografia global, podem ser convertidas em momentos de aprendizagem. "Nesse processo a orientação dos pais é fundamental. Uma família que usa a informática e a internet de forma saudável, é aquela em que pais e filhos navegam juntos, trocando experiências", sustenta o consultor pedagógico da divisão de tecnologia educacional da Positivo Informática, Luca Rischbieter.
Para Iolanda, o maior diferencial dos mapas virtuais é a interatividade. Além da livre escolha de local, escala e tema (vegetação, fronteiras naturais e políticas ou malha de transporte), o usuário ainda tem mobilidade de observação pode ir para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda e rotacionar as imagens.
No Google Earth, há também uma ferramenta que permite ver a transformação na ocupação de um local ao longo do tempo. Se os filhos estão cursando os anos iniciais do ensino fundamental, Iolanda recomenda que os pais incentivem o trabalho com a identificação de elementos geográficos próximos, como ruas e bairros da cidade, ou a comparação dessas áreas com as de cidades de outros países. "Turmas do 6.º ano em diante podem avançar nos mapas temáticos ou internacionais", opina.