Marcelo Mauleps conta que o trabalho de um coach depende do resultado conquistado em conjunto com o cliente| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Leque de opções

Nova modalidade leva o coaching para dentro de casa

O life coaching é uma nova modalidade de orientação acompanhada por um profissional que pode ser um bom nicho para quem quer investir na carreira. A proposta é orientar a pessoa a planejar todas as áreas da sua vida para encontrar um equilíbrio. Ou seja, o foco não fica só na carreira, mas também na vida pessoal, como a parte financeira, família, lazer e saúde física, emocional e espiritual. "Usamos técnicas de autoconhecimento para que a pessoa desenvolva aquilo que de melhor ela pode ser", diz a professora de Desenvolvimento Pessoal do FAE Centro Universitário Luciane Botto.

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Remuneração

O atendimento de um coach costuma ser cobrado por hora. Não há regulamentação de preço e o valor depende da experiência do profissional. Em início de carreira, a hora fica em torno de R$ 150, podendo chegar a R$ 500 se o profissional for experiente. O tempo médio de uma consultoria é de três meses, com uma consulta semanal de uma hora.

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Em alguns momentos da carreira é necessário levar um "empurrãozinho" para deslanchar ou até mudar de área. Porém, para que as transformações não sejam aleatórias e o sucesso faça parte da estratégia, é importante a orientação de um profissional que descubra e estimule novas habilidades e trace metas a serem alcançadas. Esse papel fica a cargo de uma carreira que está em voga no mercado, o coach.

O termo inglês significa treinador. E é justamente esse o papel de um coach: treinar e conduzir uma pessoa para que ela evolua na profissão. "Costumo dizer que o coach é aquele que vai contribuir para o desenvolvimento do outro", define a especialista em Coaching Maria do Carmo Schmidt.

No dia a dia, um coach costuma atuar no setor de recursos humanos de grandes empresas ou trabalha como autônomo, prestando consultoria individual ou a outras empresas. Segundo especialistas, essa é uma área em expansão e, pelo sucesso que tem tido no mercado, tende a crescer nos próximos anos.

A maior parte daqueles que hoje estão no mercado concluiu Psicologia, Admi­­nistração ou Marketing. Não existe graduação em coa­­ching nem uma pós recomendada pelos profissionais. O aconselhável é, após a faculdade, fazer cursos de capacitação em associações ou institutos voltados à formação de coaches, como o International Coach Federation (ICF), nos Estados Unidos, ou o Integrated Coa­­ching Institute (ICI), em São Paulo. "Eu indicaria fazer uma pós em Gestão de Pessoas. Dentro dela vai ter disciplina de Coaching, que garante uma boa base", explica a professora de Desen­­volvimento Pessoal do FAE Centro Universitário Luciane Botto.

Observador e paciente

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A área requer que o profissional tenha algumas características, como habilidade em comunicação, paciência para ouvir o outro, objetividade, empatia, observação e percepção, interesse por pessoas e capacidade para manter o foco. Todas essas habilidades associadas fazem com que o coach tenha sucesso ao orientar outros profissionais em suas carreiras. "É importante ressaltar que coaching não é terapia. Tem prazo para acabar e objetivos específicos para alcançar", diz Maria do Carmo.

O executivo Marcelo Mau­­lepes, presidente do ICF no Paraná e diretor da consultoria de coaching Relatom, garante que o primeiro passo para um trabalho dar certo é acertar os pontos do contrato logo no começo. "O coach passa tarefas que precisam ser cumpridas para que dê resultado. Se lá pelo terceiro encontro perceber que não há mudança, é preciso rever o processo. Por isso, o coaching costuma ser eficiente, pois não deixa para ter resultado apenas no final."