A Universidade de Brasília (UnB) decidiu expulsar 15 estudantes acusados de fraude no sistema de cotas raciais. Os estudantes são de sete cursos: Medicina (4), Direito (4), Ciências Sociais (3), Letras-Francês, Ciência da Computação, Engenharia de Software e Medicina Veterinária.
Além disso, a instituição também cassou diplomas de dois ex-alunos do curso de Direito e outros oito, que já estavam afastados da Universidade, tiveram seus créditos anulados.
O processo começou em 2017 e a expulsão do grupo foi assinada, nesta segunda-feira (13), pela reitora da Universidade, Márcia Abrahão.
Segundo informações publicadas no site da UnB, a instituição havia recebido denúncia de fraude na utilização da política de cotas raciais por parte de cem estudantes e abriu a sindicância, em novembro de 2017. Depois disso, uma comissão foi nomeada para fazer a análise dos casos. Em 2018, mais um caso foi acrescido à lista. A averiguação preliminar descartou o envolvimento de 73 estudantes. Esses atendiam os critérios fenotípicos ou não haviam ingressado pelas cotas. Outros 28 foram investigados.
No ano seguinte, uma nova comissão foi formada para dar andamento ao processo. A UnB afirma que todos os envolvidos tiveram direito à ampla defesa e ao contraditório. O relatório final desta segunda comissão, que deu subsídios à decisão da reitora, passou pela Procuradoria Federal junto à UnB, que validou o processo.
A universidade informou ainda que continua atenta a eventuais casos de fraude. As denúncias, quando ocorrem, são recepcionadas pela Ouvidoria ou pelas unidades acadêmicas, que encaminham os casos para o Decanato de Ensino de Graduação (DEG), responsável pela abertura de sindicância.