A União Nacional dos Estudantes (UNE) promove em 6 de abril o Dia Nacional de Paralisação e Luta em defesa da Reforma Universitária, como é conhecido o anteprojeto de lei da educação superior. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), para o presidente da entidade, Gustavo Petta, a UNE participa dos debates por considerar que sua aprovação poderá colocar a universidade em condições de contribuir para a construção de um projeto de desenvolvimento nacional.
Com a mobilização, a UNE espera paralisar estudantes de todo o Brasil para defender a expansão de vagas nos cursos noturnos nas universidades públicas. São ainda os objetivos da instituição a criação de um plano nacional de assistência estudantil, o estabelecimento de uma nova lei de reajuste de mensalidades, a garantia de eleições diretas para reitor, a reserva de 50% das vagas das universidades públicas para estudantes oriundos das escolas públicas, negros e índios e a destinação de 75% das verbas da educação para as universidades federais.
Gustavo Petta diz que muitos setores que têm se manifestado contrários ao anteprojeto da reforma da educação superior assim o fazem porque estão tendo seus interesses econômicos atingidos. "Eles enxergam a universidade como uma instituição que não precisa dialogar com a sociedade e, muito menos, estar vinculada a um projeto nacional".