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Integração

União que faz a diferença

Encontro de pais e alunos no Colégio Fênix:  gestão escolar é feita por um comitê. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Encontro de pais e alunos no Colégio Fênix: gestão escolar é feita por um comitê. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Um concurso musical que começou com 15 participantes e hoje tem 140. Um colégio criado e comandado por uma cooperativa de pais e professores. Fiscalização e cobrança das melhorias e dos gastos promovidos pela direção da escola. Seja no âmbito público ou no privado, as Associações de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e outras iniciativas que unem a comunidade escolar, podem melhorar as condições de ensino e promover a integração entre comunidade-escola-pais.

O Paraná tem 2.100 escolas públicas estaduais e praticamente todas têm associação que reúne pais e professores, umas mais atuantes que outras. Segundo Gérson Luiz Portela de Oliveira, responsável pelas APMFs na Secretaria de Estado de Educação (Seed), nas instituições públicas, as associações têm o direito e o dever de serem mais abrangentes. "Elas não podem se tornar meras arrecadadoras de fundos para sanar problemas e fazer melhorias". Para ele, o investimento é papel do estado e as APMFs devem, sim, exercer pressão – por meio do Con-selho Escolar. Direito este que favorece a representatividade delas. Podendo-se cobrar, maior é o interesse dos pais em participar e melhores as chances de se promover mudanças efetivas.

Pais pouco participativos

Já nas escolas particulares, onde normalmente as associações são pouco estimuladas, o grande desafio é despertar o interesse dos pais em participar ativamente naquelas já constituídas. Liliane Cecília Nadolny, presidente da APMF do Colégio Santa Maria, diz que as famílias precisam encontrar mais tempo para participar. "Temos 2.400 alunos e 1.800 famílias ligadas à escola. Porém, apenas 252 pais são associados", lamenta. Atualmente, as principais atividades promovidas são culturais e sociais. "Criamos, em parceria com o colégio, um musical onde os alunos mostram seus talentos. No último, 140 crianças se inscreveram. Também são oferecidas colônias de férias e eventos sociais na chácara da associação."

Para o presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), José Manoel de Macedo Caron Júnior, é importante a presença das APMFs nas escolas porque trazem os pais para dentro das instituições, porém, entende que as associações devem ater-se a promover a integração realizando atividades sociais e culturais. "As escolas particulares são entidades privadas. Precisam apresentar orçamento, proposta pedagógica, pagar impostos, mas não são obrigadas a se abrir para as APMFs fiscalizarem a parte financeira."

Gestão democrática

Um modelo de união entre pais e professores, que não é uma APMF na concepção do termo, mas uma cooperativa, é o Colégio Fênix. Criado em 1994, tem a diretoria toda formada por pais e professores que são eleitos pelos demais associados – um grupo de 80 cotistas (sendo 40 pais e 40 professores). Todas as decisões, incluindo compra de materiais e contratação de funcionários, são aprovadas em reuniões. Márcia Kubis, integrante da direção, diz que a escola não visa o lucro. "O dinheiro arrecadado serve para pagamento de funcionários, compra de materiais e o que sobra, quando sobra, é investido na própria escola."

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