Após não pagar seis meses a conta de luz, a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) teve sua energia elétrica cortada nesta terça-feira (16). Das faturas em aberto, quatro são de 2018 e duas de 2019.
Estão sem luz os campi de Cuiabá, Barra do Garças, Pontal do Araguaia e Sinop.
O vice-reitor Evandro Soares fará uma reunião ainda hoje com a concessionária Energisa, responsável pelo serviço, para negociar a dívida. Procurados, nem a universidade e nem a concessionária informaram o total do valor atrasado.
O ministro Abraham Weintraub informou, pelo Twitter, que conhece o caso. Segundo ele, "dia 17 começa a mudança", referindo-se ao anúncio que fará nesta quarta-feira de um projeto de reformulação nas universidades públicas e que, segundo ele, conseguirá financiamento suficiente para evitar esse tipo de problema.
A reitora Myrian Serra alegou que parte do problema deve-se ao contingenciamento das verbas de custeio de R$ 34 milhões na UFMT, 3,39% do orçamento total previsto para a instituição em 2019, de R$ 990,95 milhões.
Sobre o contingenciamento, o Ministério da Educação informou, em nota, que "caso o cenário econômico apresente evolução positiva no segundo semestre, os valores bloqueados serão reavaliados". Mas lembrou que a responsabilidade pela gestão das contas é da instituição.
"O MEC ainda esclarece que segundo o artigo 207 da Constituição, as universidades gozam de autonomia administrativa, didático-científica, bem como de gestão financeira e patrimonial. Por conta disso, questões relativas ao funcionamento delas cabem às suas reitorias", finalizou.
Deixe sua opinião