Reitores e diretores das instituições estaduais de ensino superior voltaram a Curitiba nesta semana para negociar um reajuste salarial para os professores.
Nesta terça-feira (13), representantes de todas as universidades e faculdades públicas do Paraná estiveram reunidos com os secretários da Administração e Previdência, Maria Marta Lunardon, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi.
Eles insistem que o resultado dos estudos para a revisão dos salários - elaborados no primeiro semestre deste ano - seja encaminhado rapidamente ao governador Roberto Requião.
Participaram do encontro o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Paulo Roberto Godoy, a reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Lygia Pupatto, a vice-reitora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Uniosete), Onildes Maria Taschetto, o pró-reitor de Administração da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), Léo Raifur, e o diretor da Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa), Antonio Alpendre.
Na manhã desta quarta-feira (13), a reunião foi com o secretário chefe da Casa Civil, Caito Quintana. Ele reafirmou que é prioridade do governo estadual a concessão de reajuste nos salários dos professores.
Caito Quintana e Maria Marta Lunardon se comprometeram a entregar a proposta negociada para análise e aprovação do governador Roberto Requião o mais breve possível. A intenção é enviar o respectivo projeto de lei à Assembléia Legislativa no início de agosto, quando termina o recesso parlamentar. Não foi divulgado qual seria o valor do reajuste dos salários dos professores.
Histórico
Segundo o governo do Paraná, o sistema estadual de ensino superior apresenta uma série de distorções históricas quanto aos cargos e à remuneração dos servidores. Cada uma das 17 instituições tem regras próprias. Ao longo dos anos, gratificações foram sendo incorporadas sem amparo legal de forma diferentes entre uma e outra instituição.
Ainda segundo o governo, cada instituição aplicou de maneira própria os cálculos de gratificações. Também foram criados cargos em comissão sem critérios pré-estabelecidos e, hoje, há vários funcionários em desvio de função. A falta de padronização faz com que professores, de mesma classe e desempenhado a mesma função, tenham remuneração diferentes.
Há três semanas atrás, as universidades estaduais do Paraná promoveram uma paralisação para pressionar o governo a negociar. Os manifestantes afirmavam que não receberam nenhuma proposta de reajuste salarial neste ano.
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