UFMS é uma das que adotou ensino remoto na pandemia| Foto: Divulgação/UFMS
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O ensino a distância foi adotado integralmente por apenas 10 das 69 universidades federais do país por causa da pandemia. Com a suspensão das aulas desde março, o Ministério da Educação (MEC) autorizou escolas públicas e particulares, faculdades e universidades privadas e instituições federais de ensino superior a continuar com as atividades não presenciais. O objetivo é não prejudicar os alunos pela falta das aulas em razão do distanciamento social.

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As federais do Paraná (UFPR), Rondonópolis (UFR), de Alfenas (UNIFAL), do Mato Grosso do Sul (UFMS), de Santa Maria (UFSM), de Lavras (UFLA), do Maranhão (UFMA), do Ceará (UFC), de Itajubá (UNIFEI) e a do ABC (UFABC) foram as que já aderiram ao ensino em ambiente virtual.

Além dessas, outras seis instituições estão funcionando parcialmente até o momento. Nessas universidades, segundo o MEC, somente algumas disciplinas têm sido ofertadas remotamente nas federais de Minas Gerais (UFMG), da Fronteira Sul (UFFS), de Sergipe (UFS), do Acre (UFAC), de Tocantins (UFT) e de São Carlos (UFSCAR).

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Mas a maioria das universidades federais, porém, preferiu suspender totalmente as aulas, como mostra um levantamento feito pelo ministério. Com 53 instituições fechadas, ao todo 846.055 estudantes estão sem qualquer tipo de atividade, nem mesmo na modalidade a distância. Veja abaixo a situação de cada universidade.

Ensino a distância

Para que os alunos não ficassem parados durante a pandemia, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou uma resolução que regulamenta as atividades de ensino nos cursos de graduação. A proposta foi a adoção do Ensino Remoto Emergencial (ERE), com possibilidade de atividades acadêmicas. Segundo nota publicada pela UFPR, o período especial começou em 29 de junho e vai até 26 de setembro de 2020 para os cursos semestrais; e de 29 de junho a 07 de novembro para os cursos anuais.

Esses prazos poderão ser prorrogados em razão das medidas de enfrentamento da pandemia. O início das disciplinas ocorreu em 13 de julho. Ainda segundo a nota, as disciplinas de estágio obrigatório e de trabalho de conclusão de curso poderão ser concluídas após o período especial, de acordo com a necessidade dos estudantes.

Já na Universidade Federal do ABC (Ufabc), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (ConsEPE) discutiu, em 30 de junho, a minuta de Resolução que estabelece a autorização para a oferta excepcional de componentes curriculares e de outras atividades acadêmicas remotas durante o chamado “Quadrimestre(s) Suplementar(es)”.

Outra instituição que adotou o EAD foi a Universidade Federal do Ceará (UFC), que resolveu não parar o semestre definitivamente. Houve a suspensão das atividades presenciais, mas o calendário acadêmico seguiu com atividades remotas. Mas, diante das dificuldades encontradas nesse processo, a instituição elaborou uma Proposta Pedagógica de Emergência, que orienta o fim do semestre. A UFC esclareceu também que o retorno às atividades presenciais só deverá ocorrer quando for permitido pelas autoridades sanitárias e terá de obedecer a um protocolo de cuidados.

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Sem aulas

Sem aulas há quase quatro meses, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirmou em nota que, "se não houver alternativas, como a vacina ou medicamento eficaz contra a Covid-19, o retorno presencial completo não será possível no ano de 2020".

A decisão ainda não é definitiva, mas a instituição formou a Comissão de Formas Alternativas de Ensino que discute as demandas necessárias para a retomada das atividades acadêmicas de graduação, pós-graduação e extensão. "Precisamos discutir com responsabilidade e coerência a possibilidade do retorno progressivo de parte das nossas atividades no formato remoto emergencial, para que o ano acadêmico de 2020 não seja completamente perdido", explica em nota oficial. Portanto, a retomada das aulas na UFRJ será apenas em janeiro de 2021.

A Universidade Nacional de Brasília (UnB) também respondeu à reportagem que ainda não havia uma data prevista para a retomada das aulas presenciais. Já as atividades não presenciais devem ser retomadas em 17 de agosto, de acordo com decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

Além delas, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), iniciou em 3 de junho uma ampla pesquisa com as três categorias da instituição (docentes, Taes e estudantes) para analisar as possibilidades de realização das atividades. As aulas presenciais estão suspensas, mas as demais atividades acadêmicas têm ocorrido via trabalho remoto. Atualmente, o Conselho Universitário tem baseado suas ações a partir dos estudos realizados por comitês formados em maio. Essas informações nortearão as ações, seja para o retorno presencial, seja adoção de atividades à distância, inclusive aulas.

Da mesma forma, as universidades federais da Bahia e do Rio Grande do Sul informaram à reportagem que suspenderam as atividades por causa da pandemia.

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As outras instituições também foram questionadas sobre essa questão, mas não deram retorno. Procurada, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) também não retornou sobre os questionamentos.

Status de funcionamento das universidades federais

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), cabe às universidades a definição das estratégias adotadas para aplicação de suas aulas. A pasta publicou, em 16 de junho de 2020, a portaria nº 544 que autoriza a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.

As informações sobre o status de funcionamento das universidades federais na pandemia podem ser consultadas em uma página criada pelo MEC. Confira alguns dados: