Uma das obras mais controversas do Queermuseu, cuja exposição em Porto Alegre foi suspensa após protestos e ameaças de boicote, é a ilustração intitulada “Criança viada travesti”. Nesta segunda-feira, a Universidade de São Paulo realizou um debate com um título propositalmente semelhante.
A mesa redonda “Criança viada travesti na escola” aconteceu no auditório da Faculdade de Educação.
“O que mais aterroriza os conservadores anti-’ideologia de gênero’ é que se fale para crianças e adolescentes sobre a possibilidade de ser e de viver fora da cis-heteronorma”, diz a descrição do evento no site da faculdade.
Outro trecho afirma que “São justamente crianças e adolescentes o grupo mais vulnerável a terapias de ‘reorientação sexual’, dependentes material e emocionalmente de famílias ainda majoritariamente homolesbobitransfóbicas”.
Dentre os temas do debate, estavam perguntas como “Como a escola já vem atuando para ‘curar’ quem foge da cis-heteronormal?” e “Como a censura tem se instalado na escola?”.
O evento teve a participação do psicólogo Luís Saraiva, da mestranda Magô Tonhon, da pedagoga Mayla Rosa, da estudante Maura Santos e de dois alunos da Escola Estadual Professor Jaquim Luiz de Brito.
A mesa redonda foi organizada pelo Coletivo Diversidade de Gênero e de Sexualidade da Faculdade de Educação da USP.
O exemplo mais radical dessa tendência manifesta-se, hoje, nas terapias hormonais para crianças e posterior mudança de sexo, nos casos de transtorno de identidade de gênero ou disforia de gênero.ð¦ð¼ð§ð½
Publicado por Ideias em Segunda, 16 de outubro de 2017
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