A USP (Universidade de São Paulo) subiu 23 posições e aparece como a 120ª universidade mais bem avaliada do mundo no ranking QS World 2016 - melhor resultado da instituição desde 2010, quando a relação começou a ser publicada pelo formato atual.
Só outras duas brasileiras estão entre as 400 melhores: Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e UFRJ (Federal do Rio de Janeiro).
Ambas subiram em relação ao ranking do último ano. A Unicamp, de 195º para 191º, e a UFRJ, de 323º para 321º.
Das 22 instituições do país na lista, 5 perderam posições (as demais subiram ou se mantiveram estáveis). No entanto, 18 tiveram queda em algum dos itens avaliados. Do Paraná, aparecem apenas a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) entre as dezenas de instituições empatadas na 701ª. colocação.
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A USP enfrenta forte crise financeira desde 2013. Com orçamentário deficitário (os gastos com folha de pagamento têm sido maiores do que os repasses recebidos pelo Estado), a universidade anunciou neste ano um segundo plano de demissão voluntária. O primeiro havia ocorrido em 2015.
No primeiro semestre, a instituição também enfrentou uma greve de funcionários e professores, com apoio ainda de parte dos alunos.
O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, ficou com a primeira posição entre as melhores universidades do mundo pela quinta vez consecutiva. É seguido pelas também americanas Stanford e Harvard.
O QS, um dos principais rankings de universidades do mundo, é baseado na análise dos níveis de pesquisa, ensino, empregabilidade e internacionalização.
O QS (Quacquarelli Symonds), um dos principais rankings de universidades do mundo, é baseado na análise dos níveis de pesquisa, ensino, empregabilidade e internacionalização.
A publicação leva em conta seis critérios na avaliação: reputação acadêmica, reputação do empregador, relação entre corpo docente e estudante, citações por docente, estudantes internacionais e docentes internacionais.
A melhora da USP é resultado de crescimento dos itens reputação acadêmica e reputação do empregador. A alta neste ano interrompeu dois anos consecutivos de queda.
O reitor da USP, Marco Antonio Zago, afirmou que, “apesar de oscilações anuais, a posição da USP é consolidada como a melhor universidade não só da América Latina, mas da Ibero-América”.
“Não podemos transformá-las em metas. Um aspecto é melhorar apenas a posição da universidade nos rankings, outro, muito mais importante, é melhorar a universidade de uma forma geral”, disse.
O Brasil segue na liderança do ensino superior na América Latina, com 22 universidades listadas no ranking, à frente da Argentina, com 16, e do México, com 14.
Entretanto, a situação do ensino superior registrada pelo QS não é positiva. Todas as 22 instituições apresentaram queda no critério de número de citações por docente.
Além disso, 16 delas tiveram recuo nas proporções entre alunos e professores, um dos parâmetros de qualidade.
“Embora o crescimento da USP seja louvável, nossa métrica sobre docentes por estudantes sugere que o sistema como um todo tem falhado em oferecer acesso suficientemente igualitário à educação superior”, afirmou Ben Sowter, chefe da divisão de pesquisa da lista QS.
Mais de 3.800 instituições foram avaliadas pelo ranking. A relação final traz 916 universidades de 81 países.
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