O governo Jair Bolsonaro (PSL) publicou na tarde desta segunda-feira (11) mais seis exonerações de quadros do Ministério da Educação (MEC). Entre os exonerados, estão os nomes de dois ex-alunos do escritor Olavo de Carvalho e do coronel Ricardo Wagner Roquetti, cuja demissão foi exigência do presidente.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, promove desde a semana passada uma dança das cadeiras na pasta. A iniciativa causou uma crise por causa da disputa entre grupos de influência na MEC. As mudanças foram publicadas em edição extra do Diário Oficial no início da noite. As saídas de três exonerados já eram esperadas.
Dos discípulos de Olavo de Carvalho, saíram oficialmente o chefe de gabinete do MEC, Tiago Tondinelli, e o assessor especial do ministério, Sílvio Grimaldo de Carvalho. Já a saída de Roquetti foi uma exigência de Bolsonaro após ataques do grupo olavista.
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Nas redes sociais, Roquetti foi alçado como responsável pela suposta perseguição a ex-alunos de Olavo. Ele tinha o cargo de diretor de programa, mas era um dos principais assessores.
Outro diretor de programa do MEC, o tenente-coronel Claudio Titerics, foi demitido. Completam o grupo de exonerados o adjunto da Secretaria-Executiva, Eduardo Melo, e um diretor da Fundação Joaquim Nabuco, Tiago Diniz.
A saída de Diniz da Joaquim Nabuco abriu espaço para a nomeação de Robson Santos da Silva, que também era um assessor próximo do ministro.
Nesta segunda-feira à noite, Olavo de Carvalho voltou a se manifestar pelas redes sociais em relação à composição do Ministério da Educação, pedindo novas exonerações. "O ministro Vélez deu um sinal de compromisso com o projeto que o colocou lá e com a vontade popular ao demitir o Coronel Roquetti, mas precisa concluir a limpeza e tirar todo mundo que foi colocado lá pelo Roquetti. [...] É preciso mandar todos para a rua, a começar com o tal Tozi, que estava capitaneando a operação com o Roquetti", afirmou.
Tozi, a quem ele se refere, é o secretário-executivo do MEC, Luiz Antonio Tozi.
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