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A USP decidiu utilizar o prédio de uma universidade privada na zona leste e a sua unidade de Pinheiros (zona oeste de SP) para abrigar provisoriamente os estudantes da USP Leste.

Na zona leste, será usado o campus da Unicid (unidade Carrão) para os alunos da manhã e da tarde da USP Leste. Os detalhes desta parceria não foram divulgados. A distância entre as duas unidades é de cerca de 10 km.

Os do período noturno terão que ir ainda mais longe, até o chamado "quadrilátero da saúde", em Pinheiros, que abriga os cursos da área médica da USP. O local fica a 20 km distância do campus da USP na zona leste.

Com a medida, os cerca de 4.500 alunos da USP Leste começarão o ano letivo na próxima segunda-feira, após dois adiamentos. Os alunos dos demais campi começaram as atividades deste ano no dia 17 de fevereiro.

A USP Leste está interditada devido à contaminação no solo. O local foi fechado por decisão judicial.

Segundo os laudos que embasaram a ação do Ministério Público do Estado, há risco de explosão por acúmulo de gás metano no subsolo.

A origem da contaminação, segundo o Ministério Público, foi o material tirado da calha do rio Tietê e depositado durante anos no terreno em que a EACH (nome oficial da unidade) foi construída.

A liminar que suspendeu as aulas da USP Leste prevê multa diária de R$ 100 mil caso a universidade descumpra a obrigação de "providenciar local apropriado" para os cursos. O mesmo valor é previsto caso as obras de ampliação não sejam paralisadas.

Em nota, a USP afirma que "tem conhecimento da questão ambiental da EACH desde o início de sua implantação. Por esse motivo, os prédios foram construídos com um sistema diferenciado para evitar o acúmulo de gás metano que, entretanto, não se mostrou eficaz".

Segundo a universidade, foram tomadas várias medidas para a adequação ambiental da área.

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