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Desempenho

Aprenda a estudar melhor

Maressa Garbin é adepta ao post-it | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Maressa Garbin é adepta ao post-it (Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo)

Há quem diga que cada pessoa tem uma técnica diferente de estudo. Se isso é fato, também é verdade que alguns métodos funcionam para grande parte dos alunos. Como estudar é o prato forte da vida – também para os já formados, pois quem não se atualiza perde espaço no mercado rapidamente –, descobrir quais práticas de aprendizagem são mais eficazes para si mesmo facilita o caminho do sucesso.

O primeiro passo para encontrar a melhor forma de estudar é confiar na própria capacidade de conhecer, sem se conformar com o que já foi aprendido até agora. "Cada um do seu jeito, todos podem aprender. A capacidade de reter conhecimento é uma característica humana", anima Ivo Carraro, coordenador de atendimento ao aluno do curso Positivo.

Depois, é necessário fazer um balanço das técnicas de estudo empregadas até agora, avaliando seus resultados. "Para acertar, é bastante relevante ter em conta a história acadêmica de cada um", explica Gil Vicente, coordenador pedagógico do curso Dom Bosco. "Os fracassos do passado podem ajudar a conquistar vitórias no futuro se os alunos conseguem identificar os erros cometidos e saná-los", acrescenta.

Coragem

Mas é preciso ter muita coragem para encontrar a origem das falhas e admitir a necessidade de mudar a forma de estudo, caso seja esse o problema. Para se animar a fazer isso, é importante lembrar o motivo pelo qual se está estudando: passar no vestibular, subir um nível na carreira etc. Com esse estímulo, é mais fácil não se acomodar. "Existe uma sequência no método que começa com a consciência do que o aluno quer, do como chegar até lá e da importância de querer trilhar esse caminho", reforça Carraro.

A chave do sucesso, no entanto, repetem os especialistas, é a constância no esforço. O professor Carraro compara as aulas dadas pelos professores nos cursos com a abertura de uma picada no meio da floresta. Manter o caminho aberto depende do aluno. "Para reter a informação, a rede de neurônios do cérebro deve ser acessada sempre. É preciso fazer registros em aula, cada um como lhe parecer melhor e, depois, em casa, estudar, contextualizar, fazer um resumo", explica. "Se o aluno não fizer isso, que tecnicamente significa transferir a informação de uma região emocional para uma região racional do cérebro, o conteúdo é deletado", alerta.

Que tipo de estudante você é?

Uma das classificações clássicas que pode auxiliar a identificar qual é o melhor método de estudo para cada um é aquele que divide as pessoas em três tipos. Em geral, cada estudante reage bem a esses três canais, mas um deles tende a ser mais apurado.

Visuais

São aqueles que retêm melhor as informações por meio de imagens. Como estudar: faça resumos; use recursos como post-its, marcadores de textos etc.; faça ilustrações do conteúdo; coloque os recursos visuais (resumos, gráficos e ilustrações) em lugares estratégicos – porta do armário, CPU do computador; perceba os gestos do professor no momento da explicação; construa imagens mentais na hora do estudo; e procure livros que contenham recursos visuais (gráficos, tabelas, ilustrações).

Auditivos

Aprendem com mais facilidade com estímulos sonoros. Dicas de estudo: faça resumos e grave-os em áudio; procure ouvir a gravação ao acordar ou antes de dormir – ocasiões em que a mente está desobstruída de problemas e se preparando para o sono; durante a aula, faça menos anotações e preste mais atenção ao que o professor fala; leia o conteúdo em voz alta; e discuta o conteúdo com os colegas.

Cinestésicos

Memorizam melhor quando se "movimentam" ou relacionam o estudo a gestos. Para ter um melhor desempenho: leia o conteúdo em voz alta, caminhando no local do estudo; busque colocar em prática o conteúdo aprendido em sala de aula (faça exercícios, pesquisas ou atividades em laboratórios); alterne a posição quando estiver estudando; e escreva, fale, leia e faça gestos que possam representar o conteúdo aplicado em sala de aula.

Fonte: Gil Vicente, coordenador pedagógico do curso Dom Bosco.

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