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João Luiz se formou no curso de Gastronomia e atualmente dá aulas no Senac | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
João Luiz se formou no curso de Gastronomia e atualmente dá aulas no Senac| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
  • Veja os mitos e verdades sobre a profissão

Conhecer os alimentos, misturar ingredientes, preparar pratos e fazer a combinação perfeita com o vinho. Esses são atrativos para quem procura cursos de culinária e sonha em trabalhar em um restaurante. Mas para quem quer ir além da cozinha para conhecer todas as áreas que envolvem o negócio de gastronomia, fazer um curso superior é o mais indicado. "O mercado cresceu muito e demanda profissionais que dominem todos os setores e não apenas saibam cozinhar", afirma Ca­­­­mila Pazello, coordenadora do curso de Gastronomia da Faculdade Opet.

Pensar de maneira integrada, desde o planejamento, supervisão, organização e execução de serviços de alimentação foi o que atraiu Gustavo Possas Pereira. Formado em Odontologia, ele desistiu da profissão para fazer o curso de Tecnologia em Gastronomia. "Sempre me interessei pela área e estava um pouco desmotivado no meu trabalho. Pesquisei e descobri que o curso também apresenta a parte de gestão e marketing. Entrei focado no que eu queria: atuar na parte administrativa de um restaurante", conta.

O curso de Gastronomia é tecnólogo e pode receber outros nomes conforme a instituição. Tem duração de até dois anos e meio e a grade curricular conta com disciplinas teóricas e práticas. "Os alunos se formam mais rápido e já saem preparados para o mercado de trabalho", diz Helena Maria Simonard Loureiro, diretora do curso na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Além das aulas de Nutrição, História dos Alimentos e Técnicas Culinárias, disciplinas voltadas para a Gestão de Negócios e de Pessoas, Marketing e Administração possibilitam ter uma visão global do empreendimento gastronômico.

Não há estágio obrigatório durante o curso e o aluno pode trabalhar normalmente em empresas do ramo para adquirir experiência. Algumas universidades exigem o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em que o aluno é orientado a apresentar pesquisas direcionadas a novos equipamentos e técnicas.

O mercado de trabalho tem uma grande demanda por profissionais capacitados para gerenciar um empreendimento e ao mesmo tempo ter o conhecimento prático na cozinha. Também há falta de instrutores e professores de gastronomia em cursos de menor duração e nas especializações. Esse é o foco de João Luiz Gomes, que se formou tecnólogo em Gastronomia e hoje cursa especialização em Segurança Alimentar e é instrutor de cursos no Senac. "A graduação traz toda a técnica, mas é bom se diferenciar. Ter um bom currículo, experiência e buscar algo inovador valoriza o profissional", afirma.

Ficha Técnica

Conheça melhor o curso e a rotina da profissão:

Onde estudar

Segundo o MEC, nove universidades particulares oferecem o curso no Paraná: PUCPR, Faculdade Opet, Universidade Positivo, Universidade Norte do Paraná (Unopar), Centro Universitário de Maringá (Cesumar), Centro Universitário Filadélfia (Unifil), Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel (FCSAC), Faculdade de Guairacá (FAG) e Faculdade Ingá.

Duração do curso

De 4 a 5 semestres.

Mensalidade

R$ 650 na Universidade Positivo.

Disciplinas

Planejamento de Cardápios para Restaurantes e Eventos, Tecnologia de Alimentos, Higiene, Segurança e Primeiros Socorros, História e Cultura da Gastronomia e Gastronomia Molecular são algumas disciplinas do curso na Faculdade Opet.

Mercado

O tecnólogo em Gastronomia pode atuar tanto na área do preparo de alimentos como no setor administrativo dos locais que oferecem serviços gastronômicos como hotéis, restaurantes, bares, cafés, spas, hospitais e outros.

Remuneração

Não há registro profissional para o formado, mas as empresas do ramo de alimentos têm buscado cada vez mais os tecnólogos. Para quem atua nas áreas administrativas a remuneração é um pouco superior à de quem trabalha na cozinha.

O salário inicial é cerca de R$ 1,5 mil e um chef de um grande restaurante, em Curitiba, ganha, em média, R$ 6 mil.

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